O Comerciante

InícioPágina anteriorPróxima Página


O COMERCIANTE

Para alguns, ele é rico e mercenário, 
Tendo no sangue o plasma da ambição;
Já para o fisco, guardião do erário,
Ele encarna a venal sonegação.

Mas para a indústria, ele é o itinerário
Mais curto entre o consumo e a produção,
Pois em seu templo - seu balcão diário,
- Faz do trabalho a prece e a devoção.

Com a pecha de abastado e de usurário,
E, por cima, vilão já consagrado, 
Tem, por sócio, um estado perdulário,

E, dia a dia, mais solicitado,
(nessas horas, com alcunha de empresário),
Ele sorri, feliz e endividado...

Diamantina, julho/93
"Quincas"


Poemas

Descobrindo Diamantina
O Beco do Mota
O Comerciante
O Garimpeiro
Plenilúnio em Diamantina

Biografia


InícioPágina anteriorPróxima Página