O COMERCIANTE
Para alguns, ele é rico e mercenário,
Tendo no sangue o plasma da ambição;
Já para o fisco, guardião do erário,
Ele encarna a venal sonegação.
Mas para a indústria, ele é o itinerário
Mais curto entre o consumo e a produção,
Pois em seu templo - seu balcão diário,
- Faz do trabalho a prece e a devoção.
Com a pecha de abastado e de usurário,
E, por cima, vilão já consagrado,
Tem, por sócio, um estado perdulário,
E, dia a dia, mais solicitado,
(nessas horas, com alcunha de empresário),
Ele sorri, feliz e endividado...
Diamantina, julho/93
"Quincas"
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