RIO
PIRACICABA
Rio Piracicaba - estrada de acesso através de Santa Bárbara.
Área:
369 Km2
Temperatura média anual: 21 C
Distância da Capital: 127 Km
Rodovias que servem ao Município: BR 262 e MG 123
População: Urbana 10.277 hab.
Rural 3.399 hab.
Atividades econômicas: agricultura, pecuária, plantação de
eucalipto e mineração
PATRIMÔNIO
Solar
dos Freitas
A
freguesia de São Miguel de Piracicaba foi erigida em 1748, pelo
prelado de Mariana. De sua época colonial guarda a tradição das
festas religiosas, folclóricas e típicas.
Minas
sempre foi palco de muitas festas. A historiadora Carla
Simone Chamon, em seu trabalho “Festejos Imperiais”, narra
que Minas Gerais, nas primeiras décadas do século XIX, viveu grandes
mudanças com a instalação da família real no Rio de Janeiro, onde
os primeiros passos da construção do Estado brasileiro se fazia.
Estes momentos de efervescências e de novas vivências no campo político
e econômico eram celebrados em festas de caráter cívico.
Acostumados
com as procissões religiosas, elemento fundamental de diversão e
congregação popular, uma nova atitude surgiu com a vinda da realeza
e todo o aparato e pompa que seduzia o povo. A civilização, a ordem,
a liberdade, o patriotismo, a unidade nacional, segundo Chamon, eram,
em geral, as razões pelas quais os mineiros iam para as ruas
festejar. Citando o memorialista Francisco de Paula Rezende, a autora
diz que “em Minas não se apresentava um motivo, por mais
insignificante que fosse, de regozijo nacional ou político, que
imediatamente todos não se comovessem e, para comemorar, iam todos a
um Te Deum e noite, além de colocar na rua mais bonita alvorada, mais
ou menos estrondosa, toda a vila tratava logo de iluminar-se”. Isto
porque não existe festa cívica feita às escondidas, ou reservada a
apenas um segmento da sociedade. “Mesmo que, por vezes, no caso de
Minas, determinados segmentos se recusassem a fazer parte da festa, a
princípio ela era aberta a todos os habitantes, amantes de sua cidade
ou de sua pátria”.
A
instalação do poder real no Brasil trouxe aos habitantes a
sensação de não estar mais na periferia da estrutura política. A
figura do rei trouxe uma sensação de proximidade, de intimidade,
despertando o sentido de pertencimento a um país, agora sede da
monarquia. As festas eram o momento de manifestar os sentimentos cívicos
e valores de vital importância na vida social.
BIBLIOGRAFIA
CHAMON,
Carla Simone. Festas Imperiais – Festas Cívicas em Minas Gerais –
1815/1845.
Belo Horizonte: Tese de Mestrado em História, FAFICH/UFMG,
1996.
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