O Pós-barroco em Minas Gerais.
Antonio de Paiva MOURA
1 - Arquitetura
Generalizando
O fascínio que o Barroco exerceu sobre as artes, em Minas, de um modo geral foi enorme. Para o Norte e para o Nordeste, Diamantina e Serro irradiaram influências marcantes até a primeira metade do século que agora se encerra. No século XVIII tivemos quatro momentos históricos distintos, com transformações relativamente rápidas. As edificações da primeira fase, ligadas às devoções e confrarias livres, grande quantidade, construídas nos pontos mais altos das vilas e povoados. São pequenas capelas, porém bem assentadas ao chão, com uma cruz no vértice do frontão e uma torre ao lado ou no centro da fachada, como a capela de Santo Antonio, de Padre Faria, em Ouro Preto e N. S. do "O ", em Sabará. A maioria dessas capelas devocionais foi destruída para dar lugar às matrizes, de 1720 até 1740. Continuaram as demolições na fase seguinte com a oficialização das ordens terceiras, de 1760 a 1780 e a demanda dessas por sedes maiores e mais expressivas. O quarto momento do Barroco Mineiro ocorre no final do século XVIII e início do século XIX, acompanha o declínio do ciclo do ouro e a ruralização de Minas Gerais, a exemplo das matrizes de Bonfim e Entre Rios de Minas. Na verdade, o barroquismo dos ciclos do ouro e do diamante, continua até o limiar do século XX, porém apenas como fonte de inspiração de vez que aparece impregnado de outros estilos, a exemplo da Matriz de Santo Antonio de Sete Lagoas e sua homônima de Curvelo, ambas de 1890. Biribiri, arraial sede de uma fábrica de tecidos do final do século XIX, continua barroca da mesma forma que Diamantina.
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Neocolonial
Por todos os quadrantes da expansão territorial de Minas podemos registrar as lembranças das capelas que ficaram no passado. A igrejinha do "O" em Sabará é modelo para a igreja do Rosário de Milho Verde, Santa Rita do Serro, Andrequissé, por todo o sertão de Minas. Em Belo Horizonte a Igreja de Santa Teresa e a Escola Estadual Pedro
II; em Sabinópolis a igreja Matriz; em Sabará a Escola Estadual Melo Viana. São inúmeros os exemplos de edificações com verga em curva, paredes bombeadas, colunas torças e outros caracteres do barroco revividos em
pleno século XX.
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Neoclassicismo
Ao contrário do Rio de Janeiro que abrigava a Corte Imperial, em Minas Gerais, não havia quase edificação oficial. Porém afluem as fazendas de café e as laticineiras para onde se concentravam as riquezas de Minas, com importação de elementos decorativos como caixilhos de vidros, sacadas de ferro laminado em substituição aos torneados de madeira e o pesado granito. São exemplos marcantes: a Fazenda Boa Esperança, no município de Belo Vale, inaugurada em 1924, pertencente ao Barão de Paraopeba. Um verdadeiro palácio rural com a varanda em arcos plenos e colunas clássicas, de frente para um jardim irrigado artificialmente. A Fazenda do Gualaxo, pertencente ao Barão de Alfenas, no município de Cruzília. Dois pavimentos com arcadas de volta inteira, de frente para um lago que espelha o edifício. Do outro lado do lago uma bela ermida representa a devoção da família. A Fazenda Jaguara, no município de
Matozinhos, pertencente aos ingleses da Mineração Morro Velho, inteiramente restaurada com ornatos clássicos.
Por toda essa resistência do barroquismo, que além de tardio, era ainda retardatário, o neoclassicismo começa a aflorar em Diamantina onde a presença do viajante e do minerador estrangeiro é mais demorada, os primeiros decorativos com estuque e arcos de volta inteira em algumas casas residenciais. Exemplo: Hotel Dália e Casa de Leandro Costa. Mais tarde, em Juiz de Fora os elementos clássicos sobressaem especialmente nas casas da rua Santo Antonio. Nova Lima substitui sua matriz barroca por outra nos moldes do maneirismo italiano. A Câmara Municipal, de frente desse templo, é de arcos plenos em plano horizontal.
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Finalmente, com a construção da capital, onde os modelos clássicos se fazem presentes nas edificações de palácios,
secretarias de Estado e residências de altos funcionários do governo, a busca da harmonia de elementos arquitetônicos no equilíbrio das massas. Sem a preocupação de estarem imitando os maneiristas, os arquitetos da nova capital procuravam quebrar a monotonia das edificações, intercalando tipos variados de vergas e colunas de pavimento para pavimento do edifício. Soma-se esse neoclássico compósito, a uma variada e eclética massa de ornatos, a exemplo da estucagem em tetos e fachadas, portadas e escadarias de ferro "art nouveau", resultando no que conhecemos como ecletismo.
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Neogótico
O gosto neogótico ou a volta à estética gótica medieval é um fenômeno europeu que se instala no Brasil com certa lentidão e com quase cem anos de diferença. Para reagir ao racionalismo clássico implantado com o Iluminismo e com a Revolução Francesa, o
Romantismo apelou para os valores medievais e adotou o estilo Gótico como preferência estética. Ao invés da horizontalidade e do geometrismo clássico, os românticos preferem, como Viollet-le-Duc a verticalidade e a elevação espiritual sugerida pelas catedrais góticas. Desta forma, o colégio do Caraça, do começo do século XIX, juntamente com os mineiros, foge da "urbis" e se instala nos penhascos da serra, apontando para o infinito. É isso que a igreja do Caraça indica: verticalidade, como as montanhas de Catas Altas. Podemos dizer que o Padre Júlio Clavelin, arquiteto que possivelmente trabalhou na reforma do Caraça, cria uma escola que nega as do Barroco e do Iluminismo gerando o Ecletismo que se espalha pelo ampliado território de Minas.
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Reagindo ao racionalismo neoclássico da construção oficial positivista de Belo Horizonte o clero tomou o caminho romântico do neogótico nas edificações religiosas. A antiga matriz barroca do Curral del Rei foi demolida e no local edificado um templo neogótico, com torres e agulhas decorativas apontando para o alto. Em Uberaba a majestosa igreja de São Domingos, aproveitando rochas cor de minério de ferro da
região (basalto oxidado), ergue templo com amplos tranceptos, impressionando pelo traçado cruciforme. A escola do Caraça verticalizou as matrizes mineiras até a primeira metade do século XX, como a Santa Isabel da Hungria, de Caxambu, de 1897; Basílica do Sagrado Coração de Jesus de Diamantina, do arquiteto padre Júlio Clavelin; Carmo da Mata, Conquista, Pará de Minas, Pouso Alegre, Araxá; Matriz do Sagrado Coração de Jesus de Cordisburgo e no mesmo local a capela do Patriarca São José, erguida por um padre João de Santo Antonio em 1894; Capela de Nossa Senhora do Rosário de Rio Vermelho; Santuário do Bom Jesus de Matozihos de Conceição do Mato Dentro; Matriz de Santo Antonio de Vargem Alegre, do arquiteto italiano, Vicente Fratezi, a igreja de São João Batista em Santa Luzia, construída em 1904.
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Ecletismo
O
arquiteto José de Magalhães (1851/1899) responsável por diversos
projetos arquitetônicos na construção de Belo Horizonte, entre os quais
o palácio da Liberdade e Secretaria da Educação, na Praça da
Liberdade, esteve presente à Exposição Universal de 1878, em Paris, na
qual ocorreu o debate arte-indústria, falando da combinação de
materiais de revestimento, tijolo, ferro, cerâmica, mosaicos importados
em face da ausência de tecnologia, trouxe diversos modelos para Belo
Horizonte. Ao mesmo tempo que segue uma tendência harmonizadora própria
da arte clássica, Magalhães se inspira no romântico Violet Le Duc, com
tendência gotizante. Desta forma os Palácios de Belo Horizonte
evidenciam os mecanismos de procedimento eclético de composição.
Coretos e quiosques contemplando a natureza são novidades que Magalhães
traz de Exposição Universal. Vale lembrar o quiosque do bosque do
Palácio da Liberdade onde os elementos estruturais e ornamentais são em
forma de tronco de árvore, cipó, capim e flor. Vale assinalar algumas
capelas, originalmente barroca que foram edificadas ou
reformadas como neo-góticas: Capela do Rosário de Rio
Vermelho; Capela do Patriarca São José, em Cordisburgo. No lugar da
capela de Nossa Senhora do Rosário de Curral Del Rei, foi edificada a
capela de Santo Antonio, rua, São Paulo, esquina de Tamoios, em Belo
Horizonte.
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2 - Pintura
Como observou Myriam Andrade Ribeiro, em trabalho de 1982, o estudo das artes plásticas em Minas, passada a época colonial, é nulo. Nossos historiadores só vêem historicidade no Barroco e no Rococó. É como se Minas tivesse parado no tempo a partir de 1801. Ou talvez nossos historiadores tivessem aprendido com os geólogos que Minas é uma rocha metamórfica que recebe o nome de ("barroquita") e que assim permanecerá por um bilhão de anos. O certo é que Athayde ao morrer em 1830, seu fantasma continuou rondando as oficinas dos artistas mineiros que o sucederam. Muitos pintores continuaram trabalhando nos templos edificados ainda na época colonial, embora sem os recursos da época da opulência do ciclo do ouro. É preciso observar que a partir dos anos 40 do século passado, em Minas, a pintura se descola da arquitetura, passando a ser móvel e daí as constantes perdas e depreciações ao longo do tempo.
Com a abertura dos portos brasileiros, Minas foi visitada por inúmeros estrangeiros, desenhistas, gravadores e pintores que contribuíram para a difusão das artes plásticas de cunho não religioso, a exemplo de George Grimm que deixou obra retratando Sabará, para o pano de boca do teatro da cidade.
Em 1886 foi criado o Liceu de Artes e Ofícios de Ouro Preto. Ainda em Ouro Preto a presença de Honório Esteves formado pela Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro.
No início da construção da Capital Mineira recebeu o professor Frederico Stekel que deixou numerosa obra no Palácio do Governo, igreja São José e o "Alegoria da República" painel parietal na Secretaria de Estado da Fazenda.
Na pintura desvinculada da arquitetura, o acervo guardado pelo Museu Mineiro, em Belo Horizonte, mostrando quase sempre a tendência romântica dos pintores mineiros do final do século XIX e início deste findado século.
Honório Esteves, "O pastor egípcio". (1887). Embora convencionado pelo rigor técnico e pelo ambiente fechado, próprio da pintura acadêmica, Esteves reforça o sentido exótico da figura do pastor, tendência muito própria do Romantismo.
Bertoni Filho, em óleo sobre papelão, "Paisagem", nos traz a impressão do rio caudaloso que provoca erosão, a montanha coberta pela vegetação, impregnada da umidade do rio. Além de trazer a visão de uma paisagem bem mineira, o artista, com sua sensibilidade romântica, contempla a natureza como alguém que denuncia seus devastadores.
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Belmiro de Almeida, "A má notícia", (1897).Óleo sobre madeira. Em um quadrado de 168 x 168 cm., inscreve uma circunferência perfeita, sugerindo a lente de uma luneta que capta a solidão de uma mulher loura, debruçada no braço de um divã, lendo uma carta de luto. Embora acadêmico, conforme sugere o geometrismo que envolve a cena e o esmero laboratorial das cores, Belmiro de Almeida quer sensibilizar pela emoção da mulher. Do canto de um quadro na parede do fundo à carta de luto no chão, sugere ação diagonal. A diagonal oposta é formada pelo corpo da mulher no divã. Os contrastes de cores quentes e frias; luz e sombra indicam a presença do Barroco, associado ao Neoclássico e ao Romantismo, em nítida conotação eclética do autor. Como data de 1897, ano da mudança da Capital, de Ouro Preto para Belo Horizonte, deu margem à interpretação popular dizendo que a má notícia era a da mudança da capital.
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Em 1928, o pintor e historiador Aníbal de Matos fundou o primeiro curso oficial de belas artes de Belo Horizonte. Sua obra é numerosa e tem o mérito de contemplar a paisagem urbana e suburbana de Minas Gerais. No quadro "Rua de cidade colonial", abandonando a formalidade acadêmica que lhe é peculiar, o pintor tenta expressar a melancolia das cidades históricas, e por isso, se inscreve no rol dos pintores românticos em Minas.
As amplas e longas janelas das igrejas neogóticas abrem espaço para a pintura nos vitrais.
Diminuem-se os espaços para os retábulos originados no Barroco. Merecem ser mencionados os vitrais das igreja do Caraça, da São Domingos em Uberaba, Sagrados Coração de Jesus em Diamantina, Boa Viagem e Lourdes em Belo Horizonte. A arquitetura civil também cedeu lugar para os vitrais a exemplo do prédio da Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas de Minas Gerais.
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3 - Retábulos
Os retábulos de caráter barroco do século XVIII continuam, por extensão até a primeira metade do século XIX, ou seja, altares ricos em ornatos escultóricos da primeira, segunda e terceira fases do Barroco Mineiro continuam sendo imitados muito além de seus tempos. O inglês John Ross (João Rosa) radicado em Diamantina substituiu os retábulos laterais da Igreja de São Francisco, em estilo Rococó por retábulos de caráter neoclássico, isto é, coroamento em arcos plenos sustentados por colunas coríntias. O arremate sugere um dossel, para não desviar da escola diamantinense.
Altar mor da matriz de Santo Antonio de Sete Lagoas (1890). Guarda uma lembrança dos altares da quarta fase do Barroco Mineiro: madeira policromada para substituir os ornatos em talha; arcos plenos sobre colunas clássicas.
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Na matriz de Santo Antonio em Curvelo, (1890) no altar mor, volutas e guirlandas apoiadas sobre colunas clássicas; nicho em arcos ogivais, caracterizando o Ecletismo bem ao gosto romântico. Já nos altares laterais prevalece o Neoclássico
puro.
Os templos neogóticos e modernos dispensaram os retábulos e os nichos para imagens. A igreja barroca de São Gonçalo do Bação, no município de Itabirito, foi demolida e reformada em 1924. O altar mor, expressiva talha barroca da terceira fase, foi levado para a sacristia. Em seu lugar foi colocado um altar de madeira envernizada, em estilo neogótico.
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4 - Monumentos escultóricos
Para iniciar
Durante a colonização a arte escultórica esteve exclusivamente a serviço da catequese e da política de colonização. Mereciam ser retratados somente os reis, os nobres, os príncipes da Igreja e as santidades. O público devia obrigatoriamente fruir o gosto estético imposto pelos tronos irmanados, quer na pacividade dos bancos das igrejas, quer na reverência aos andores em desfiles de procissões. A presença da corte no Brasil, a partir de 1808, regida por um príncipe, filho de D. Maria I, rainha perturbada pelo fanatismo religioso,
não conseguiu remover a cultura colonial injetada no povo do Brasil. A monarquia que continua o Brasil independente, também pertence à mesma casa real, não consegue demover os entulhos coloniais. Somente a partir da segunda metade do século XIX, as camadas superiores e médias sinalizam para o descarte da cultura colonial e para a formação de novas mentalidades. A partir daí os potentados regionais se inscrevem na lista dos que merecem um busto na praça pública; a história dos heróis regionais; o espelho histórico do passado longínquo da Grécia, de Roma
e Egito.
Monumento a Tiradentes no centenário da Inconfidência, José de Magalhães, 1892, Ouro Preto.
Relatório apresentado pelo diretor da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas , ao Vice-Presidente do Estado, cumprindo o que determinava a Lei republicana estadual nº 3, de 25 de setembro de 1891, que autoriza a ereção de monumento a Tiradentes, na praça principal de Ouro Preto, devendo ser inaugurado no dia 21 de abril do ano seguinte. Foi contratado o arquiteto José de Magalhães, que acabou não cumprindo o contrato de execução. O Arquivo Público Mineiro conserva o desenho do projeto. Talvez, pela falta de tempo, a obra não foi executada como consta do projeto. Em cada canto da base do monumento deveria ter um leão assentado, na atitude de quem presta sentinela. (GRAVATÁ. H.1978)
Mausoléu de Bernardo Guimarães, de Antonio Pinto de Matos, 1930, Ouro Preto, Igreja de São José.
Inaugurado aos 10 de março de 1930, pelo Presidente Antonio Carlos. Iniciativa do Presidente Melo Viana, aprovado pelo Congresso Mineiro.
Anita Garibaldi, de João Bossi, 1913, Parque Municipal, Belo Horizonte.
A instalação desse busto na cidade foi motivo de protesto por parte dos meios conservadores. Não pelo aspecto estético da escultura mas por seu significado político e histórico. Alegam que a
heroína não era legitimamente casada com Giuseppe Garibaldi e que a Guerra dos Farrapos em que ambos se envolveram, era um impatriótico movimento separatista.
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Monumento à Civilização Mineira (Terra Mineira), de Giulio Sarace, 1930, Praça Rui Barbosa, Belo Horizonte.
Inaugurado no dia 15 de julho de 1930, na presença do autor, do Presidente Antonio Carlos, do ministro Francisco Campos e de Aurélio Pires. Esculpido em bronze nas quatro face, cada placa narra um fato relevante da História de Minas. O caçador de esmeraldas, Fernão Dias Paes Leme; a revolta de Vila Rica, com a execução de Felipe dos Santos; o enforcamento de Tiradentes. No alto uma figura humana nua, inspirada em Apolo, representa o heroísmo do mineiro, o cidadão e o Estado.
Conta-se que por reação das mulheres da elite mineira, o autor colocou nas mãos da figura uma bandeira, que caindo em dobras, tampa as genitálias.
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Obelisco comemorativo do Centenário da independência. Vulgo Pirulito da Praça Sete, projeto de Antonio Rego e execução de Antonio Gonçalves Gravatá, 1922, Praça Sete de Setembro, Belo Horizonte.
Muita história presenciou esse monumento, de vez que a Praça Sete é a ágora de Belo Horizonte. Palco de comícios e manifestações públicas, como em Atenas há 2.500 anos. Na administração do prefeito Amintas de Barros, (1959/1963), que
o considerava um monumento arcaico, valendo-se de sua torpe modernice, determinou a mudança do mesmo para a Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi). Em 1991 o "Pirulito" volta à Praça Sete para figurar como objeto da História de Minas, além de marco de fato histórico do Brasil.
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Vênus de Milo, de Aristocher Benjamim Meschessi, 1927 ? , Escola de Belas Artes, UFMG, Belo Horizonte. Cópia idêntica da escultura original do Museu do Louvre, em Paris.
Bibliografia
GRAVATÁ, Hélio. Contribuição bibliográfica para a história de Minas Gerais:
Inconfidência Mineira, Revista do Arquivo Público Mineiro, Belo Horizonte, ano XXIX, 1978.
MENEZES, Ivo Porto. Arquitetura no século XIX In: Seminário sobre a cultura mineira no século XIX (III). Belo Horizonte: Conselho Estadual de Cultura MG,
1982.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro. Situação das Artes Plásticas em Minas no
século XIX. In: Seminário sobre a cultura mineira no século XIX. Belo Horizonte: Conselho Estadual de Cultura MG, 1982.
SAMPAIO, Márcio. A paisagem mineira. Belo Horizonte: Coordenadora de Cultura MG,
1977.
(1) - MOURA, Antonio de Paiva. Ecletismo. In: A metamorfose de Minas (
no site https://www.asminasgerais.com.br ).
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