EXISTIR
Existir
Existir, continuar existindo, convivendo com a dor do mundo e a nossa própria dor. E não há outra solução: continuar, existir, sentir no peito a emoção de estar vivo, caminhando no frio do poente, olhando as crianças que brincam e sorriem inocentes. O homem também é figura amorosa, capaz de ternura, de grandes gestos, apesar de fazer a guerra e deixar que a fome cresça. Cria, faz arte, se emociona, o que o coloca além da mera estupidez e da ignorância pretenciosa. Faz versos, pinta, compõe e toca, faz filmes, inventa, planta. Das cavernas avança tecnológica e cientificamente e não só destroe mas ama a natureza.
Continuar existindo, no poente, em outros poentes, o céu vermelho e a escuridão que vem, avançando sobre o mistério do mundo, enquanto passo por senhoras que vendem doces caseiros e canjica por entre bandeirinhas nas barraquinhas juninas, em benefício das obras sociais do bairro.
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