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O TERNO |
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QUANDO A MADRUGADA VIER
(para Fernanda)
Quando a madrugada vier Quero estar com você Dormir a teu lado Soprar sussurrante teu rosto Afastar com um toque O medo em tua pele Desabotoar a alma E os preconceitos Beber teu perfume e pedir Um sorriso inocente Passear a mão em teu corpo Esta verdade inteira De calor e sensibilidade Tocar teu coração e dizer-te: acalmes! Acariciar teus cabelos Sentir teus olhos ternos Colher em meus dedos O calor de teus sonhos Pedir ao tempo: fique imóvel! Cristalizado em nós Alheio ao destino Sem rupturas, dissoluções Amar é o que nos resta Ante a irreparável solidão.
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