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POETA MÃO GRANDE
Manteiga de Moeda

Tens às vezes o colesterol tirânico
Do sabor encerras farras e sobremesas
De pernis e doces sobre a mesa
Sobra a manteiga pra outros fins

Mas sobre essa volúpia
Inda acerta a tristeza
U home qui é home
Dos garfos, poucos vestidos e pecados

É doido por tempero de cebola roxa
Rebola morena roxa na coxa do chamêgo
E sabe que breá de manteiga é banhá com leite
O feitiço que mantêm a lenha pro fogão aceso.