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VAL QUERIDA
Val, querida



Um raio de sol da tarde buscou uma janela perdida nesta imensa cidade. Refletiu num instante indiferente seu retrato na minha mesa. Foi assim que, numa lembrança esvaída, você surgiu na minha memória de hoje, subitamente.

Um breve arrepio tocou minha pele e meus pêlos. Ziguezaguearam meu corpo lembranças de nosso último encontro. Naturalmente que houve um gozo que se prolongou dias e dias. Se não, seria como beber um copo de vinho e a sede se esvaziaria. Foi tão efêmera sua presença! Porém bastou para preencher minha alma deste vazio que é o nada que persegue a vida.

Por que mistério se me evoca esta idéia fugitiva que é uma estação rodoviária? Porém, você ficou em muitas coisas. Nestas, nalgumas fotos. Delas, uma - a que o raio de sol tocou nesta tarde.

Ah, não sei por que, mas certamente aquele raio cadente alguma coisa foi na minha alma, que sua projeção atravessou este tempo que não nos vemos, vendo.

Tanto segredo no destino de nosso amor! Mas tanto mistério que há em nossas vidas, mais um a gente brinca.


Todos os beijos que possam surgir destas linhas para você, do teu Carlos.


De algum lugar distante, 1 de março de 2007.