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ESSOUTRO! |
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ESSOUTRO!
Uma noite...
Caminhando pela estrada dos instintos Rumava Adônis para ágora, Decidido conquistar a bela Circe. Encontra feliz Perseu e Teseu, Aos quais um dia ensinara nomes de estrelas. Iguais em liberdade, Aspiravam distinguir-se uns dos outros Através do exercício da excelência: Grandes atos e feitos De forma a fazer suas histórias, Marcando no mundo uma polis melhor.
Eis que ascende Circe, Prestimosa, A encantar os três amigos. Folhas secas outonais caídas de um velho carvalho Descem e emolduram a face da linda mulher. Vinho, beleza e fraternidade Aquecem o coração de cada um dos heróis.
De repente, Fuzilado por um ricupero relâmpago, Adônis enegrece. Tomado por ciúmes e baixos instintos Relampagueia vitupérios vis Aos assombrados amigos. Face contorcida e estúpida, Percebe não poder ganhar a corrida de fundo. Mente regredida nos corredores fechados do tempo, Adônis delira, Surta.
Circe, corça tímida, fugidia e inocente, Pasma ante tão estranho e repulsivo camaleão, Faz surgir do bosque de seu coração Virtual feiticeira. Condão à mão transforma Então, Adônis Num porco.
Contam... Que até hoje chafurda luxuriante suíno Pela Socasseaux.
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