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AMO-TE POR MUITAS RAZÕES |
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Valéria
Amo-te por muitas razões (se é que o amor tem razões!).
Enumerando:
amo-te
por razões sentimentais para que eu tenha equilíbrio psicológico (o amor é um instrumento de força contra a agressividade primitiva, uma destruição em estado puro que habita o homem) por que me inspiro em você poeticamente porque existe em mim um sentimento pessimista da vida, e um outro otimista que você desperta amo-te "ao infinito" por conta do terno que mora em teu coração.
Você poderá perguntar: mas se tanto amor existe por que a ausência? Querida a ausência não é falta! Quando me lembro de você, aconchego a saudade em meus braços, assim como no poema do Drummond. E tem outra coisa: as barbas grisalhas anunciam-me que o delírio da paixão - este querer sem limite - virou silêncio! O silêncio permite ouvir, e é na escuta que o amor floresce. Assim, o amor que lhe tenho é a minha única sabedoria. Porém, como você é linda, Valéria: em cada flor sinto o teu perfume, em cada céu vejo o teu rosto.
Beijos em teu coração, Jorge.
Belo Horizonte, 18 de abril de 2007
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