|
|
ROSTO AO VENTO |
|
ROSTO AO VENTO
Rosto ao vento Estranhos pensamentos Leves como poeira O tempo passa em corrida Neste sertão de porcelana Onde a vida é guiada Pela exatidão dos vaga-lumes.
Por que demora: pão, terra e liberdade?
Mas um menininho Atravessa meu caminho Como uma verdade que chega. Burrinho empacado, no meio da estrada: - O que foi? Posso ajudar? Misterioso silêncio entre eu e ele Neste intervalo de espaço Que existe entre dois grãos Uma solidão imensa Nada mais fiz do que pensar nele Tão longe nós dois, esta fábula inconclusa.
-Coragem menininho, coragem! Siga as estrelas, faça seu caminho! Um arco íris irá encontrar.
|
|
|
|