ARTVIDA |
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O COMEÇO
Há cinco anos a voluntária Selma Evangelista Pereira tomou uma decisão que iria trazer esperança para as pessoas da Comunidade da Praia, no minicípio de Matias Cardoso. Acostumados a falta de perspectiva, baixo-estima e um cotidiano sofrido, Selma que na época era Ativista da Pastoral da Criança resolveu num ato de intervenção mudar esta situação, criou-se então o projeto ArtVida, de incentivo à produção artesanal. De início recebia apoio de sua irmã e professora Marlucia Evangelista Pereira, que doava parte de seu salário para compra dos materiais. Com a chegada dos materiais foi posto em prática o resgate de mulheres que enfrentavam dificuldades por estarem desempregadas e sem perspectiva de vida, a primeira pessoa a ser atendida pelo projeto foi a senhora Adelícia Sena, que na época estava desempregada e enfrentava problemas para criar seus seis filhos. " Hoje a minha vida mudou e acredito que foi vontade de Deus ter tido a oportunidade de conhecer esse grupo" diz animada a Agricultora Adelícia.
ARTESÃS NÃO QUEREM SER TUTELADAS
O projeto ArtVida começou sem muitas pretenções na sala de visitas da Voluntária Selma, mas o número de interessadas era cada vez maior. Instaladas num galpão cedido pelo marido da própria Selma, começou-se a pensar em expansão. O núcleo da pastoral da Criança concordou em fazer um empréstimo de R$ 3 mil , pago em pequenas parcelas, onde este dinheiro foi de grande valia para as pequenas pretenções do projeto. Assim que tomou posse, o senhor João Cordoval de Barros foi convidado pela coordenadora Selma para visitar e ver o projeto. O prefeito de Matias Cardoso se pôs a disposição das artesãs, mas em comum acordo todas decidiram não receber ajuda de custo da prefeitura, segundo Selma tiraria o comprometimento e a filosofia do projeto, mas os auxílios da prefeitura não foram recusados: as artesãs pediram a ajuda da prefeitura para participar de enventos, onde representariam a cidade de Matias Cardoso e divulgando seu trabalho. Felizmente a realidade do ArtVida hoje é bem melhor que de 5 anos atrás, segundo a coordenadora Selma não faltam opoios. O gerente da Fazenda Vila Bela, Reginaldo Ribeiro, é um entusiasta do projeto e tem apoiado a idéia. Segundo Selma a maior recompensa do trabalho é ver depoimentos como o de Adelícia. Para o futuro os planos são maiores ainda diz a coordenadora Selma, que conseguiu um terreno para erguer um galpão para ampliar as atividades artesanais. |
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