Cult'uais VenhameVERDEperto UniVLERCidades Revista d'As Minas Gerais Pesquisa Editoria d'As Minas Gerais Livro de Visitas
EDILEIZA POETA
Para de Sonhar 23/02/98

Eu queria ter um sonho
Que nunca parasse de sonhar
Queria voltar a ser criança
E começar a gatinhar.

Queria que o mundo parasse
E tudo continuasse, no mesmo lugar
Pois o sol, a lua e as estrelas
Jamais sairão do seu lugar.

O vento sopra sopra sem parar
A brisa fresca muito rostos
Vão beijar
Se eu pudesse sairia a perambular.

Visitando cada pessoa, pessoa, cada
Casa, e cada lugar.
Se eu voltasse a ser criança
Outra vida iria recomeçar.


Arte

A arte é a mais bela
Maior expressão de dedicar.
Todo sentimento e alegria
Que o coração possa revelar
A pintura retrata o
Segredo de amar
Enquanto a musica
Ecoa vibrações sonoras
Só entende as pessoas
Que sabem apreciar.
Os sons e as notas
São como passarinho a cantar.
Alegre com pequenas respostas
Choram com prazer de chorar.


Minha mão

Olhei a minha mão
Olhei o infinita distancia
Horizontes, céus terra e mar
Nas mãos os dedos
Não param de articular
Trabalham dia e noite
Produz o pão de cada dia
Movimenta sem parar
O dia trabalha a noite repousa
Quando não existir os dedos
O mundo vai parar
Os astronautas maquinas
A arte e a pintura
Lavrador e fazendeiros
Médicos e fazendeiros e costureiras
Dentistas e artesão
Tudo faz parte, o trabalho
E a comunicação.


Quisera eu 15/01/2000

Quisera eu hoje ser jovem ser igual uma,
Uma borboleta, para voar por toda
O nosso planeta.
Recitar versos fazer poemas e sonetos
Ser igual um beija flor com sua agilidade
Percorrendo todos os cantos da cidade.
Ser igual o vento mais veloz, do que o
Pensamento
Passando por terra, mares céu e ares
Distribuindo sorriso, subi em um palco
Dar cambalhotas, gritos e gargalhadas
Ser um ator ou atriz, um palhaço
Um artista fazendo jornadas por
Todos os paises, para que todos
Apreciassem
E soubesse que no subconsciente
A sempre um malabarista.
Não quero parar mesmo que a vida
Esteja no meio para o fim.
Com cinqüenta dois anos o meio de
Civilização, não tem mais para
A terceira idade, não tem opção, estão
Excluídos do mercado social
Quero estar, se na velhice chegar.
Quero ser exemplo, para os jovens
Viciados dizer para eles a vida é bela
O importante e começar e esquecer
Do passado é começar novamente
Dedicando a pintura, música e poesia
Ter fé e esperarmos nostragia
E o tempo aprecia
Com esta mesma certeza que tenho que
Deus aqui estar.
Um dia alguém o meu trabalho vai divulgar
Tempo passa bem depressa que esta lúcida
Para poder com alegria desfrutar.


A virgem Maria 17/03/2000

Porque amo tanto Maria
Me perguntaram um dia alguém
Por ser a mão de Jesus
E a minha mãe também

Maria mulher tão simples
No seu puro e meigo olhar
Sofreu com paciência
Sol sempre perdoar

Uma prece suplico
Em frente ao altar
Olhe sempre para os meus olhos
Que muito muito soube te amar
Peço pelos encarcerados
E pelos drogados
Por os velhos em idade avançada
Que não tem pão e dorme na calçada.

Por os casais em crise de separação
Que pensem nos filhos
O mundo e um engano
Só tem ilusão.


Escola Estadual Bom Jardim 18/03/200
hoje Dona Beti

Eu, tu e nos

Era um jardim escondido
Onde ninguém queria cuidar
Ficou dez anos parado
Para depois (cultivar) despertar

Em 1957
Um dia alguém apareceu
Começou a cultivar
Sem ferramenta, sem conforto
Não media esforço o seu lema
Era trabalhar.

Este jardim cresceu
Cresceu sem parar flores
Escolas hospitais e barragem
O jardineiro partiu com sua
Bagagem para não mais voltar.

Belo Jardim também pomar
Produzia pequi, morici
Gabiroba, cagaita e ingá
Por ser nativo produzia sem plantar.

Foi o mais encantadora
Floricultura que já viu
Além de pomar, formou
Um Bom Jardim.

Estas plantas cresceram
Maior do que o eucalipto e
Jacarandá
Bem longe no alem,
O seu trabalho vai continuar

Das flores a que mais
Produziu, foi a saudade.
Ficou semeada em nossos corações
E gravada por toda eternidade.


Infância 05/05/2000

Infância são tempos passados
São recordações da vida
Dias que não voltam mais
São passagens jamais esquecidas

E lembrar dos cantos de rodas
Das brincadeiras da escola particular
D. Beti e D. Dó
Saber falar a tabuada, de um a.
Nove sem errar tudo na memória
E de cor.

Que saudade da infância
Das colegas e do cajueiro
Da caneta de pena
Da pasta e do tinteiro

A cadeirinha com as pernas cruzadas
Se mexer muito ia ao chão
Do quadro de madeira
Do salaozinho e do mata-borrão.

Lembro da professora enérgica
Nos castigava e dava carinho
Segurava na mão
No final do ano todos sabiam
Fazer contas, ler bem e escrever
Cartas.
Os pais agradecidos com orgulho e gratidão
O cajueiro não mais frutifica
As crianças daquela época
Não existem, comportavam
Como moças e rapazes
Porque o tempo evoluiu
Com droga, violência
Os pais preocupados não sabem o que fazem

Desenvolvimento com maquinas
e astronautas, tecnologia e hospitais
precisa de psicólogos, cientistas
para descobrir na sabedoria vizinha
divina, uma metodologia dos
filhos que um dia vai ser pais.


Tudo passa e passara

A maior alegria da vida
A liberdade de amar
Família reunida pais
E filhos a dialogar
Todos sentados ao redor
Da mesa
Sempre as idéias a trocar
Cada um em seu lugar
Com um só objetivo
Crescer e amar
A vida passa depressa
Filhos crescem e nem
Sempre paramos para olhar
Os anos vão passando
E cada um ninho
Formará
Ali vão nascendo novos
Filhotes
Quando os filhotes crescem
E casar
Seus pais vão percebendo
Como o coração e tão pequeno
Para suportar tantos golpes
E alegria, alegria de amar
Arrependidos procurarão
Os velhos, eles mudaram
De lugar
No infinito no além
Um lugar muito bonito
Quem sabe poderão encontrar


Maio de 2000

Mãe você é a maior estrela
Com raios de luz resplandecente
Você em seus aniversários, passa
Despercebida mas seus olhos são
Luzes incandescentes.

Muitas substituídas e abandonadas
Noite acorda com o filho a embalar
Dando remédio acariciando, afaga
A beijar.

Pois o seu amor e maior do que
Os grãos de areia ou os peixinhos do mar.

Mãe o mundo oferece muitas vaidades
Por estar na flor da mocidade
Ninguém nota que você esta doente
E cansada pela sua idade.

Arrependidos cabelos brancos na mesma situação
Volta atrás passando pelos mesmos
Lugares, o tempo não voltará
Resta no coração a dor da saudade.

A todas as mães do grupo de oração
A cada uma de vocês o meu abraço e dedicação.

A cada mãe eficiente onipotente
Ou deficiente

Seja louvada pelo seu grande amor
De ter carregado, seu filho por
Nove meses, e muitas das vezes
Não tem valor.

O seu dia ganha abraços e beijos até
Mesmo esquecida.
O seu amor jamais adormecido
Seja qual for a sua ocupação
Tem pelos filhos verdadeira adoração

Como Deus gosta de estar em todos os
Lugares
Você mãe foi escolhida de noite e dia
Estar sempre a velar
Nas altas madrugadas lembra de
Cada filho reza suplica, chora
Em silencio a soluçar.


A menina dos meus olhos 13/12/2000

Eu tinha uma menina
Que sempre estava ao meu lado
A cariciar
Ela era amiga companheira a
Mãe o pai era tudo
Dentro do lar.

O tempo foi passando, eu crescia
E não percebia cada dia ela envelhecia.
Com isto andava, trabalha e sorria.

No ventre desde os quatro meses ficamos
Sozinhos.
O esposo foi para S. Paulo um serviço procurar
Sem amor sem compaixão procurou
Outra entregou seu coração

Dez filhos tiveram nasceram cresceram ficando
Apenas a ilusão.
De Quarenta e dois anos
Pela força Divina encontramos, poucos.
Dias em Tupã.

Tudo foi pelo ar um telefonema
Passando dois anos desapareceu
Resta lembrança o abraço o
Aperto de mão o sorriso a
Saudade e decepção.

A menina dos meus olhos com vinte
E dois anos cresceu espiritualmente
Venceu sofreu ao 78 morreu.

No céu existe um jardim florido cheio
De anjos, onde dois possam
Encontrar.
Suas mãos juntas unidas vão entrelaçar
Falam de beleza terrestre da terra céu e mar.
Nesta conversa pode entender voltar
A amar e perdoa
O meu pai escreveu dizendo o que
Faz no passado somente o
Pai do céu perdoara


Feito para a missa de 7° dia de Railda 26/01/2001

A Janela

Debruçada na janela
De noite e dia

Lá que eu via

Olhava para o nascer do sol até
O meio dia

Ao cair da tarde
Lá também eu via
Os cumprimentos a chuva, o sol, o dia
O tempo foi passando não percebia.

Que o cansaço e a fraqueza sempre crescia

Passou uma semana a janela ficou vazia,
Fechada já não abria

A casa ficou triste as lágrimas desciam
Muitas flores amigos e família reuniam

Os anjos do céu diziam vem estou esperando
Há dias.
Pegue as asas vão voar, viajaremos.
Sem passagem, sem bagagem.

Onde não existem, noite e nem dia.

Só felicidade amor e alegria
Não tem curva e nem ladeira
Grandes curvas imensas luzes

Bem no alto da janela com saudades
Enxergo Vocês como enorme
Flocos de luzes.

Lá da Janela que eu via
Feita esta mensagem de Railda no
Dia 26/01/2001 Sr. Agemiro pai de
Cindo, isto é meu sogro faleceu 30/01/2001
Quatro dias depois de Railda


Transmissão da imaginação 02/07/2001

No sofá da minha casa fico horas
e horas a pensar.
Apreciando os meus quadros
Contemplo cores as paisagens
E as flores

Estão tão perto, que posso tocar
Sinto que estou no mesmo tempo
Em um mundo diferente, ou em
Outro lugar.
Estes quadros quero que os olhos
Do mundo possam enxergar.

Cada pincelada foi colocada com amor
E carinho, sem desviar atenção
Ou olhar.

Fiz simplesmente com amor e dedicação
Transcrevendo na tela o mundo
Da imaginação
Com o pincel posso viajar, nos ares
Na terra e no mar.
Aquilo que na infância e nem
Na adolescência pude realizar

Hoje com a tela e no pincel, posso
Os meus sonhos realizar

E nela que descrevo toda beleza e profundeza
Que existem bem profundo, no fundo
Do mar.

Na imaginação passeio nas florestas, nos
Jardins, nas igrejas, nas fazendas,
Junto com cristo, os apóstolos, os anjos

Querubins Serafins, vou tão distante em
Uma jornada sem estradas e sem fim

Com o pincel rodando rodopiando
Assim que posso imaginar
Conversando com as aves e flores

Margarida, copo de leite e girassol indo
A cada tela fazendo corações

Quero ser artista custe o que custar
Não paga para sonhar
Fico pensando poesia e sonetas
Ou vontade de falar.

Dentro de mim existe um grande mundo
Gostaria que todos pudessem entrar
Iam ficar deslumbrados de
Tanta beleza na certeza que
O paraíso esta tão perto que
Podemos pegar

A natureza é bela é perfeita, os mistérios
Os Mistérios de Deus são grandes
Tesouro, valem ouro
Os que tem fé possam observar.

Quero traduzir em linguagem, só verão
Os que com muita humildade sabem
Amar e perdoar.

Tenho certeza que as maravilhas da beleza
Da realeza, todos podem encontrar

São como brisa que sopram levam
Sementes jogam em outro terraço
Sem fracasso.

Não tem medo, nem enredo,
Produzem frutos tão saborosos
Que não consideramos azedos
Sem receio de aprecia-los.


O tempo é precioso

O tempo é precioso
Aproveita a todos os minutos
Tenho sempre algo a procurar
Sou incansável não quero passar

Ao levantar de manhã faço a oração
Consagro a minha família
Os irmãos, toda hora todo dia

A cada instante aprendemos
Não temos nada a perder
Mesmo que a luta traz sacrifício
O meu ideal e mexer.

Crescemos na estatura
E espiritualmente
Delatamos as nossas mentes
Incluindo aquilo que é suficiente

Aquele que sente velho
É um parasita demente
Por mais velho que estiver
Crescemos para a gente

Não quero ter um passado triste
Nem tão pouco um triste passado
Quero viver o dia de hoje
Porque o ontem, o hoje é passado.

Manhas de sol e raios claros
Resplandecentes e dourados
Trás toda beleza, as primaveras
Horas do amanhecer
Ocorre a realeza até o entardecer

Ao por do sol brisa fresca e refrescante,
Vem o seu rosto beijar
No inicio da madrugada
A passarada a cantar
A aurora aproxima para
Novo dia recomeçar


Vidas cruzadas

Nas estradas da vida
Ela é dada depois devolvida
Cruza caminhos sobem escadas
Depois no fim não leva
Nada

Há momentos que sente
Que está subindo descente
Cada dia, cada degrau
Uma etapa vencida uma chegada

Escalando a montanha
Muitas vezes insegura
Sentimos a mais fria
Temperatura.

Olhando no topo, ficando tonta
Olhando ao redor não vejo nada
Penso vou descer vou rolar
Vou pular para cair
Na meio da encruzilhada.

Andando, atravessando
Pequenos rios e passarela e estreita,
Balança os braços
Bambaleia pode ser o fracasso

Não desanima olha para trás
A vida é bela sempre nos traz
O tempo passa as horas perdidas
O que perdemos jamais e devolvida

É luta, é dia, é alegria, é fantasia tudo
Beleza singeliza
Fique alegre breve chegada o outro dia

Olho para as mão tantas dores tantas graças
Vem o altíssimo o criador, fez oferta em troca

Quer fidelidade e amor

Caminhando ou motocando
Cruzo estradas, vou até outra estrada
Pode ser cidade ou roça
Quero andar, sentir o cheiro do mato.
Ou ver uma palhaça

Na estrada da vida a tristeza e alegria
Pobreza fatura desprezo
Esquece o vento levou passou
Como a onda foi embora não
mais voltou

Na encruzilhada as mãos são encontradas
Seguem juntos muitos anos, faz
Um grau de jornada.

O tempo passo deixando rastos e marcas
Fazem quadros das pincelada
Há certos momentos que no
Meio da estrada, ou encruzilhada
Via as costas, os olhos cerram
A saudade encosta

Anda na estrada some de vista
Não tem guarda, e nem guarda mão
Vai para imensidão


A cachoeira 9/4/2004 Sexta Feira da paixão

O sonho e estar debaixo
De uma cachoeira
Sentindo a água me levando
Dos pés ate as sobrancelhas
Sentindo o frescor das águas
Correndo pelas cabeceiras

O tro -lo -lo da águas deslizando pelas
Pedrinhas
O borbulhar das águas deslizantes
Pelas pedreiras
O borbulhar das espumas
Flutuantes desta enorme cachoeira

Cada gota d´agua, lavando a minha
Alma e voando pela natureza
Sentindo cheiro de mato, desta
Morena faceira

Cabelos molhados em seu corpo
Pela macia sem estria
O bailar das arvores
As folhas em deliro da brisa
(observando): Observa a cachoeira.

Borboletas voando a todo instante
Cobra deslizando, nos barrancos
O carreiro das formigas, formando
As suas trilhas e o sonho
Continuando por este carreiro

Cheiro de mato capim brejeiro, gramas
De orvalhos moitas de araçá
As lavandinhas nas sobras
Apreciam para almoçar

Lavandeiras controlando, dobra cada
Peça preocupadas, para o outro dia, no
Despontar da aurora enfrentando
Ladeira
Passando medo pois as vacas do
Sr. Sebastião Cardoso eram
Bravas as lavadeiras saiam
Correm, subiam nas árvores.
Atravessava vale e travessias e
Saiam cheias de espinho

O beijo com águas cristalinas formando
Mina correndo pelo chão as vezes
Parecia ferrugem onde com sede
Colocava uma folha a aparavam as gotas
E a água bebiam.

Minha vó dizia pode papo criar com
Experiência própria, nem imaginava
Que a água com falta de iodo pode
O bocio aumentar

Ainda deslumbrando com sonho de cachoeira
E o canto das lavadeiras samambaia
Viçosas sentada no lajedo com
Pernas dependuradas, as águas
Beijarem.

Ao formar chuva sai correndo
Pela ladeira a criança cortava até
Queixo escorregando no lajeado

Um dia descanchamos Altemar do
Lado da escadeira, sem dar um
Suspiro subia a ladeira
Com medo da enxurrada
E enchente. O alivio era o suspiro
Bem fundo no topo da ladeira


Japão 10/04/2004

Hoje Altemar uma hora da tarde
Viajava para Japão
Ganhando a viagem entre os
Melhores vendedores da Yamaha
Segue cortando o chão e ares

Não tenho o que preocupar, pois
Deus por ele seus passos velara
Defendendo de todos os perigos
O seu itinerário chegará.

Domingo de Páscoa dia de Cristo
Ressuscitado coelho bombons
E ovos de páscoa e de Cordeiro
Amolado

No dia 23/02/04 Tema completou 33 anos
Desejava mãe esta viva para participar
Dos anos alcançados
Pois a cada momento seus passos são
Iluminados.

Keila com Mª Eduarda e Eduardo Felipe. Em
Outubro esta esperando outro nenê
Mas são dez dias de expectativa e emoção
Altemar, chegara trazendo muitas novidades
Grandes realizações.
Breve Luiz Fellipe nascerá


União de dois corações 08/05/2004
Itália

Brasil verde e amarelo
Das matas e ouro
Por ser minha Pátria
Vejo como meu tesouro

Deixei a minha família
Onde ficou a minha mãe
Pedaço do meu coração

Parti para Itália
Terra sagrada encontrei
Muita beleza e lindas igrejas
Pouca fé muita riqueza

Lá bem longe na nossa
Taiobeiras está uma simples
Igreja com fé verdadeira
Pouca fé muita riqueza

Lá bem longe na nossa
Taiobeiras esta uma simples
Igreja.

Recordo da cantiga de rodas
Correndo pelo imenso quintal
Frutas frescas natural.
Lembro das ruas empoeiradas
Hoje toda calçada.

Das fogueiras de São João
Biscoito beiju e quentão
Pipoca e bata assada
minha mãe rodeada
por aquela criançada

Meus tios e primos, no enorme
Salão o mastro bandeirolas
Bebidas comidas típicas da região

Pela primeira vez deixei minha
Bandeira verde amarela, pedaço
De torrão.

Cortando céu e mar
Saudade dos meus irmãos
As lagrimas caiam
Inundando o meu colchão
Com a força do esposo
Suspirei a solidão
Brasil Itália faz parte
Do meu coração os dois
Paises e os nossos corações.


Vida cruel 12 da madrugada 8/9/05

Vida cruel que só será enxergada
Depois de vencer tantas barreiras.
Quando esta no fracasso não aparece
Nem mão e nem braço.

Quando alcança sucesso, não encontra
Dificuldade de todo lado abraços
Sabendo que já sofreu demais, sem
Sem encontrar nem mão nem braço

Vida cruel em grande precisão, sem
Casa e sem pão.
Porque naquele momento não aparece
Ninguém para encher as latas
De mantimentos.

Oferece moradia e emprego, não virem
As costas, de lhe um abraço bem apertado
Com dedos mão e braços.

Oh! Vida cruel, foi embora não deixou nada
Nem foto nem vestígio, o não ser uma
Mala é uma mesa de madeira.

Vazia sem aranha, sem telhas
Deixou bastante solidão saudade
E decepção.

Uma criança morreu Carlos Dener
Outro para nascer por onde ficou a consciência
Ficando a inocência, prevendo para nascer
Onde esta corpo, dedos e mãos.

Braços não visualizaria fracasso, os filhos
Não pediram para nascer.
Vida cruel, cruel vida passou toda trajetória
Para depois vencer.

Tudo passa e tudo passará, aparece
A terra, a solidão e fracasso, desce
Por água abaixo.

Tudo passa tudo (passará) vencerá
Chegou momentos de tantas mãos
E tantos braços afagando um abraço.
Você não viu mas vi a verdade aparecer
Na descida de barranco, na subida
Da ladeira, advinha quem apareceu?


Ana Rosa

Ana Rosa conhecida por D. Preta
Não por ser preta, pela sua estatueta

Muito amiga e de minha mãe e companheira
Suas mães eram comadres; amizade de
Primeira, passando de geração aquela
Amizade verdadeira

Olhos grandes brilhantes, sobrancelhas
Bem feita elegante.
Brincos de argola, Africana
Saia justa e marcante

Cabelos ondulados partido de lado
Acima do pescoço muito bem aparado

Sapatos alto, fuscante meias finas, gostava
De adormecer em peças de sedas brilhantes

Indo para Salinas, providencia
Aposentadoria merecida, ao fazer
A viagem em poucos instantes
Nome pai Celeste recebeu
De braços abertos saudável bonita
E elegante


Nelmy Rego

Nelmy Rego meiga bondosa calma
Casando depois de uma certa idade
Desquitou por motivo justo, guardando
O segredo da integridade.

Não teve filhos, dizia no sei Deus
Prepara inúmeros anjos para a minha felicidade
Junto com eles supera a minha vontade

Vestia com simplicidade transas cruzadas
Duas delas enroladas acima da orelha
Voltada para trás entrelaçada

Professora advogada exercia
Profissão em nossa cidade
Ao lado do S. Pedro Opera toda
Sua paciência dedicação na
Herança da honestidade.


Suspiro

Sai da alma
Arrancado do coração
Uma lembrança
Uma saudade
Seja tristeza
Alegria ou emoção

Fracasso, sucesso
Decepção alegria
Reanima a alma
Fortalece
Sai o
Suspiro de dentro
Do fundo do coração

Abstrato não dar
Para ver nem pegar
É sentir, em um
Segundo, sai sem perceber

Suspiro admiro
Leve pensamento
Veloz como o vento
A brisa passa
Não deixa rastos
O suspiro passa
Por sentimento é um relato

Sem placa ou concerto
É transparente inédito
Respira profundo
O momento que o
Pensamento.
Percorre todos os cantos
É inexplicável
É o encanto
O sentimento.


Retrato da saudade

São passagem difícil de revelar
Deixando marcas e saudade
Não tem palavra a explicar

Estudante de Caitité em São João
Do Paraíso foi morara lecionar
Vindo para Taiobeiras
Ficando longe do Patamar

Sendo a segunda diretora Escola
Estadual Dep. Chaves Ribeiro
Assim pode personalizar

Família completa amigos
Amizade, cheiro como flores
No pomar.
Muitos frutos multiplicaram
Uns ainda aqui, outros por
outros lugares.

Rua Baiana Sebastião e Olivivona
Maquina Calide tesourana, retalhos
Ternos bem passados, profissão difícil
De encontrar

Lê com sua cor morena cabelos crespos
Dentes brancos sorridente, companheira
Amiga daquele lar.

Em frente da escola a residência, onde
Podia a janela observar. O enorme
Sino manual, nas horas marcas a badala.

O retrato de Getulio Vargas simpático
Destacado na secretaria, caixa
De giz material escolar, carteiras pesadas,
Caneta penas tinteiro nos devidos lugares.

Em datas cívicas alunos uniformizados
Filas, em continência o hino da
Bandeira hino Nacional com respeito meditação
Poesia e canções. Bandeira hasteada
O vento a balança.

As vezes o sino da igreja, a replicar Frei Jucundiano
Com grande terço na calçada
Andava de lá para cá, grande revoada de
Pombos brancos e pardos pelo telhado da
Igreja voando chamavam atenção e as
Andorinhas em tempo de verão

Em casa as crianças, Ana Migions e Augusta.
Para completar Silvo e Tião. Sim o seu
Esposo Tião sempre está lá.

Grande ferro de brasa, roupas ternos pole
Fogão de brasa. Uma boa alimentação
carne e sol.
Queijo e requeijão

Para sair da rotina uma boa leitura, o livro
Fazia parte do mundo só lutar

Elegante cabelos bem penteados bigode, firmes passos
Lentos, tudo faz recordar por isto taiobeiras,
Tenho saudade e os bons momentos a ocupar.

Morena de (estatueta) estatura média pele da
Cor de canela, lábios carnosos bem traçados
Lábios carnosos bem traçados baton a
Contornar charmosa bem vestida.

Conversa firme grande personalidade
Exigência ao escrever, justiça e verdade,
Cabelos pretos, ondulados partindo de lado,
Brincos brilhantes, colares exuberante.

No fundo do coração um sentimento e um
Amor corroendo, toda vida alimentando.
De ilusão e amor tirando toda dor.

Não existe mata, borrão que possa apagar
Mesmo se batermos a porta do dedo
(no mata borrão) da sineta para
O silencio não extravasa.

Resta sempre uma essência jamais
Se exalar da linda flor a mais
Apreciador, amor perfeito e violeta
Seja flores do campo ou mesmo do mar.
Recordações lembranças, compadas com as
Estrelas, conchas e areias, nem pode contar
Nem a brisa, nem a saudade apagará

Sim Comadre Beta, Almerita, Lia, D. Nizia
D. Dó e Maria Edileiza, amiga da
Vizinhança, da Escola e da infância.


A lágrima

Uma gota d´agua para muito não é nada
Rola da face representa saudade.
Para aqueles que nasceram da emoção
Para quem parte a lagrima também rola.

Escutamos o pingo de uma goteira ou da torneira
Batendo em uma lata fazendo serenata
Muitas vezes na face rola, com diversa
Finalidade representa tristeza ou felicidade.


O Tocão 10/07/2005 Domingo 13:00 hs

Vinte e cinco anos passarão, voltei
Naquele lugar
Quando criança passava em frente a
Casa de Jova e Duva chegando na
Porteira descia a ladeira.

Chão seco um pé de pequi na
Entrada onde o gado ali amarrava
Duva ele era açougueiro o gado no
Local sacrificava na sai de Rio Pardo
Ali eles moravam

O gado do Sr. Sebastião Cardoso no manga
Pastava do lado esquerdo as valetas
Do outro lado ramos de espinhos e unhas de vaca

Passo a passo descendo a ladeira no
final da ladeira uma passagem
lama, pau-cerca de arame
pé de mutamba araçá
gramas orvalhos

chegava no recanto onde as águas
corriam pedras lajedos e cachoeira
grandes arvores entrelaçavam
Borboletas voando grilos cigarra
Cantavam
Cobras de um galho a outro atravessava

Uma pequena subida, carreiro, estreito água
Fria outro lajedo, cheio de lado,
Formigas grandes e pequenas e bastante soinho

Chegava no tocão, nos primeiros raios
Do sol, roupas estendidas, borrifava
Água enquanto secavam.

No esperado almoço logo chegavam
Panos na grama na sombra
Todos sentavam, trocava de
Comida todos saboreavam, ao
Terminar dobra roupas secas
As vasilhas arreavam

Roupas alvas, estendidas nas moitas
De avança ao secar bem dobradas, colocando
Na bacia, com fundo de madeira
O bolo de sabão em um pau espetava.

Depois da jornada, um banho de cachoeira
Tudo tranqüilo, ao dar sede colocava uma
Folha no minador, com a vasilha limpa
Aparava

A tarde todos juntos iam embora
O que preocupava era encontrar bandido
Ou as vacas de Sr. Sebastião, Subia
A ladeira com as varas na mão.

Cansadas boca seca trouxa na cabeça
O pé torcia a sandália saia,
O alvo era vencer a ladeira
No topo dizer e suspirava.


Madrugada

Alta noite pela madrugada o silencio
E profundo, nem os passos nem o
Galo cantam. Todos dormem como se
Fosse um deserto de Saara.

E muito lindo sono em noites frias e
Paradas. Como desmaiasse sem
Preocupar com nada
E (meia noite logo chega madrugada)

As luzes das ruas (acenderam)
Acesas , é madrugada
Fecha os olhos não querendo pensar
Flutua na imaginação nada
Sem ter água.

Símbolo de uma existência continua
Procurando o sono da madrugada
Percorre oceanos e fronteiras
Volto ao real encaro a verdade

Dentro de mim há um mundo cheio de
Ternura e carinho amizade
Vidas fugidas das existências da ferida

Duro é um coração que não amolece
Nas entranhas do passado o batido
Da Bigorna parada de martelo
Estridente na imaginação

Lenços que balançam ao vento
Pelo lado do poente cores
Variadas que cruzam o nascente
O silencio continuara na madrugada
Noites frias de tempestade brisa
Sopra nos pólos a procura
De um aconchegante lugar


Taioba

Taioba, Taiobeiras 50 anos passaram
Meus pais e avos bisavos
Por aqui também moravam

Recordamos dos carros de bois
Vendendo na rua lembro de
Zé de Candinho, com os bons
Do chifres grandes
Potes e latas na cabeça
Distribuí a água por meio
De uma caixa grande caixa

Em uma estrada estréia ia até
O cruzeiro cigarras cantando
Missa (no cruzeiro) e barracas
O Sr. Manoel Nogueira com o violino
Com pentes de chifres que ela
mesmo fabricava.


Bisungo e o Noivado

Velha Bizunga noiva sua filha
Vai ter um dia de grande alegria

A minha filha não posso noivar preciso
A aliança comprar

O noivo muito esperto pegou Belinha e foi
Em Elcibete.

A aliança apareceu e os preparativos
Como será? Leysa bem depressa
os doces foram encomendar

E a casa quem vai arrumar, Marly e
Leide foram lavar.

E os amigos vamos os mais íntimos
Convidar e uma recepção vamos
Marcar

O Marco e esposa não devem faltar

O velho Risunga pos se a pensar
Falso lombo, quem prepara
A nora Keila vai arrumar.

E dona Genoveva, vamos chamá-la
Amiga e comadre da família não
Deve faltar

Mira e Dinha, Valdenir e Nadia e Bia,
São as comadres da família
Não Deve faltar

Mira Dinha Valdenir e Nadia e Bia são
as gemas da família vão apreciar

A velha Bizunga pos se a pensar
Keila Tema e os meninos não podem
Faltar, mesmo plantando capim Tema
Não faltará

Mangela amigo Tatuzeiro nas horas difíceis
Deve ser o primeiro.

O Sr. Iozonho tem que vir, mesmo com o
Braço quebrado, mesmo que foi dar
Uma voltinha no leilão logo voltará.
A velha Bizunga pos a pensar ouvimos
A palavra de cada um para selar, sua
Madrinha gloria deve estar em
Primeiro lugar.

Túlio com seu géu o discurso completou
Desejo o noivo felicidade e lua de
Mel para depois completar.
Mãe desejou vários filhos para
Poder criar.

Geórgia desde criança esteve presente
Nas horas alegres e nas pequenas
Lembranças.

Salgadinho jantar e a velha Bizunga
Para registrar, quebrou a panela
Para os netos brindar, com balas
E moedas para brincar.

Os noivos muito alegre 5 anos a espera
Colocou a, aliança no dedo depois
O casamento saira.

Com alegria e satisfação votos de felicidade
Genro e Nora Dudu bem descontraído
Fala quero e passear a cavalo Alazão

Seu lindo esposo da velha Bisunga ficou feliz
Com a surpresa achando Eduardo bem
Engraçado agradece a todos pela presença
Com paz alegria que 2004 seja de
Esperança sonhos realizações.


Beliza

Escola escada ensino degrau da vida
Nasceu de um nada e cresceu pelas
Avenidas
Hoje quinze anos uma data cobiçada
Marcada inesquecível e alvo as
estradas edifícios
Embalando crianças brincando de rodas
Massinhas e corridas
Servindo de mãe, mestre e amiga
Envolvendo as horas passadas
Tem base estrutura e saída
Crescendo passo a passo
A Beliza da Belisa
Correndo Correia são pilares definidos
A vida passa depressa, a mãe nem
sente o crescimento das rosas
das flores e das orquídeas
espanta quando encontra o tamanho
da planta.
Nem acredita que foi
No alicerce da vida, cresceu subiu
Degraus dando frutos e florindo
Embelezando os jardins da Belisa
Hoje 15 anos uma data cobiçada
Marcada, aquecida, formando novas
Estufas, novas sementes surgindo
Quinze anos quinze velinhas acendidas
Repasse de geração a geração... cada
Vez mais valorizando o Ensino e a Educação


Dossiê 17/11/2004

Dossiê será que entendo
Quem conhece a nossa arte
São os que estão de parte
Não tenho estudo de arte
Trago na imaginação
Invento reproduz não
Sou analfabeta
Nem poeta tem o segundo
Grau completo

Não sou universitária
Pois me abandonaram
No mundo antes de nascer
Cheguei bem com sangue da arte
Viajando pela cachoeira
Pantanal e ladeira, no sonho
Como se fosse verdade

Sou uma caipira ou capiau
Do Norte de Minas Gerais
Lugar esquecido sem asfalto
E sem poeira.

Os deputados aparecem perto
Da eleição, prometendo óculos
Aos deficientes, curam osteoporose
Cegueira, diabete e bebedeira
Fazem rios em cima das pedreiras

Quando passa a eleição escutamos
O barulho no ar passando de avião

Não uso computadores nem desenho
Escondido, tudo com clareza e bem
esclarecido, falam que é Barroco
para os entendidos.

Isto não sei se é da Época Renascença
Mediterrânea ou Contemporânea, com régua
Borracha e lápis vou rabiscando
Retratos de rios, céu cachoeira e paisagens

Tenho grande defeito observadora e perfeccionista
Até que não sou muito feia
Dar para limpar as vistas

Tenho esposo filhos e netos Espiritualmente
(Até que não sou muito) não me conhecem
Só quando deixar de existir
Marcos e santos e pinceladas
Vão ficar registrados até o dia
Da partida

Amo crianças velhos adoro e a natureza. Na minha
Simplicidade rodopio o lápis muitas telas são feitas

Fiz flores bonecas adoro cozinhar, gosto
Sempre aprender coisas novas. Não gosto
De passar no mesmo lugar. O aprender
Ninguém rouba ou não ocupa lugar.

Aprecio a musica admiro da ressonância
Das notas e os grandes escritores e
Pintores Rui Barbosa, Chitaozinho e Chororó
Netinho Ratinho, Kebe Picano Monteiro
Lobat Carlos Drumond de Andrade

Edileuza com toda singeleza
Moro na rua dos Pereiras
Descendência da família
Foi uma das primeiras
A casa tem o n° dos
Três primeiros números
Do código na mesma
Rotina vejo o tempo passar

Procuro com a velhice de
Não poder enxergar as mãos
Tremulas Não poder pintar
Um minuto não posso experdiçar.

Meio século passarão eu no mesmo lugar
Preocupo com os jovens parasitas,
Tanta opção se pudessem diria
Larguem as drogas venham a arte saborear

Acabaria com a violência desemprego
E preconceitos faria do mundo
Um paraíso de natureza e beleza
Apreciando as usinas paz e união
Todos de mãos dadas para o Bem
Da Nação.


Sempre a Circular 09/08/2005
4.45 madrugada Terça Feira

Há sempre uma chegada antes de uma saída
Envolvo nos primeiros momentos o lugar
Que estou ao meu redor. Um ângulo
Rotatório toda conferencia em roda giratória
Em voltura lugar e tempo rodopiando,
Pequenos anéis a cada segundo, envolvendo
O mundo.

Atingindo os mais próximos a vizinhança
Bem na base dos diâmetros, cidade, estados
E paises, ultrapassando, sonhos e oceano
Raios da mente atinge pontos convergentes,
Cidades iluminadas pessoas bem vestidas,
Nos carros ou em calçados.
Todos muito bem agasalhados
Na quentura de uma lã pura, tocas e
Luvas cinturões envolvidos na cintura
Botas, estilos bem definidos, temperatura
Ao auge Sendo bem recapada em volta
Da decapagem a um músculo o maior
Órgão, o coração gelado procurando
Uma triagem.
Revestindo de membros a temperatura abaixo
Do cotidiano.
Na realidade pequeno enorme na imaginação
Onde palpita, forte esperando o aquecimento
Quebra todo o gelo, na ilusão que um dia
Posso aquecer, destruindo nas barreiras,
Em encostas ou (madeira) ladeira, ofegante
De quintura bancando faixa, chamas
Clandescentes, que possa iluminar os pés
Travessar barreiras, onde todo fiesa e
Escuridão.
Transforma em temperatura elevada, cruzando
Oceanos e fronteiras, derretendo as geleiras,
Formando fogueiras aquecendo o maior órgão,
Que apresenta um relógio, batendo incansável
Coberto com carne e roupagem representa
As imagens que é o coração.


Mendigo 2.30 madrugada

É sofre quem não te um lar.
Bate de porta em porta sem parar
E abastecer o estomago daquilo
Que lhe for dado.
Talvez o amanha esta provido do passado
Estender a mão ganha um não
Recebe um olhar cruel que ultrapassa
O coração
Muitas vezes recebe um sorriso de quem
Quer apertar lhe a mão.
Sem sentir cheiro de comida
Da vizinha amiga
Passar em frente a uma vitrina
E derramar saliva
Não tem o sabão para lavar a pele, sem falar
Da escova e do pente
Unhas sujas (nem) sem poder aparar
Barbas compridas sem devastar
Cabelos crespos e oleosos, sem
O animo de lavar.
Pés engordurados, sujos e rachados
Um lenço molhado a desfaça
Um cinto velho de couro, a calça
Com barras esfarrapadas, os sapatos
Com dedos de fora ou sandália
Sobrando as beiradas
Um embornal de lado o chapéu palha
Esfumaçado grande anel com pedra
De vidro com um chapinha de latão
O canivete enferrujado rasga a palha
Para o fumo esfanicadas formando
O grosso charutão.


Es saída por toda vida

Es a alegria de todos os dias
Es margarida toda a vida
Es a pureza de toda fortaleza
Es as flores de todos amores
Es a nascente de toda descente
Es a candura de toda criatura
Es o exemplo de todos temente
Es a esperança de toda fama
Es a retrospectiva de toda vida
Es o carisma de todo abismo
Es o contentamento de todo relento
Es a saudade de toda amizade
Es a singeleza detoda realeza
Es a docura de toda amargura
Es o planto de todo encanto
Es a felicidade toda maldade
Es a bondade toda felicidade
Es fiel em todo anel
Es moleza em toda dureza
Es carinhosa em todas as rosas
Es o amor em toda (flor) dor
Es a paz em quem desfaz
Es o socorro nos desaforos
Es o consolo em todo o choro
Es a presença em toda violência
Es o animo em todo desenganos
Es firmeza em toda fortaleza
Es a arte em todas as partes
Es organização em toda ação
Es exemplo em todo momento
Es a calma em toda vivalma
Es o futuro de todos inseguros
Es o vento em todos os sentimentos
Es a mansidão em toda traição
Es a firmeza em toda certeza
Es a prestativa em toda saída


A lágrima

Uma gota d´agua para muitos não representa nada
Rolando da face, representado a saudade ou uma dor
Para aquele que nasce emoção e calor
Para o que parte a lagrima também rola
O pingo de goteira ou torneira
Batendo em uma lata em tom disfarçado
Muitas vezes rola na face
Uma lagrima diferente forma uma
Lagoa, onde toda as lágrimas escoa


Taiobeiras atual

Taiobeiras poderia descreve-la
De varias maneiras
Canto, poema ou poesia
Longas avenidas ruas
Calçadas na periferia
Muita poeira

Arborizadas nem sempre seus galhos
São educador
Bastante folhagem
Precisa de flores completar
Paisagem

Suas entradas e saídas
Precisam serem bem envolvidas
Para que os visitantes tem uma vista
Enternecida.

O ideal seria a conscientização
Para não jogar o lixo no chão
Conserva telefones bancos e lâmpadas

Taioba Taiobeiras onde estão as
Suas raízes e o Clube Social?

Taiobeiras tem tudo, ao mesmo tempo
Não tem nada, onde está banda de
Musica? Um auto-falante ao vivo
Para animar a moçada

Ator atriz costureira bordadeira
Poeta e pintores pessoas inteligente
Como se fossem dos tempos passados
Rui Barbosa Santos Dummont e Picasso

Existe o melhor mercado da região
Porém quando passamos por dentro
Parece uma revolução.

A frente da prefeitura tem que reformar
Barragem bem tratadas, parque
Municipal diversões para as criançadas.

Taioba Taiobeiras onde estão
Suas folhas, suas raízes
E barragens suas tradições
Valores culturais

Flora pequi, cagaita rufão murici.
Coquinho jatobá ingá
Tauna raposa cutia perdiz
Junti urubu pardal borboleta
Carocha zabele e jacu

Produz o que plantar café bata
Maracujá. Temos a melhor carne
De sol, requeijão queijo cachaça
Manteiga e muitas frutas no pomar.


Dora Belo Horizonte 07/05/2004

Dora Dorabina
Doralice, Dorabella
Você é a princesa elegante e bela

Com traje de Espanhola
Recebeu esta escola
Viveu no Jequitinhonha
Onde explora escora

Vermelha igual a rosa
Brilhante e sedutora
Muitos apaixonados.
Por este mundo a fora

Apreciava o Rio Jequitinhonha
Das lavadeiras em cantarola
Desfilando em cavalgada
Nas estradas entre pés de graviola

No casarão antigo
Lembranças de outrora
Das cantigas de rodas
Das namoradas e dos sons d viola

Recorda os queridos rios
Coronéis de alta reverencia
Deixando saudade
Sabedoria e experiência

Hoje viajando por este
Mundo a fora
O coração relembra
Das valsas e festejos
Sente as lembranças
Daqueles saudosos
Beijos que não
Tem os sabores de agora.


Irmã de Dora 22/09/2004

Oh! Serra oh! Selma
Lá bem no alto da serra
Luar resplandecente
Cauta sabia e araponga

Desce as cachoeiras águas cristalinas
Folhas balançam pelo lado das catingas

Ramos secos antigos
Folhagens que no decorrer
Do tempo perdeu suas plumagens

São aproveitados em adornos
E enfeites ornamentados
As estradas e margens

Na correnteza do caudaloso
Rio Jequitinhonha
Onde sutis e feiticeiros
Onde será a cabeceira?
Nas (encostas) encostas de
Inúmeros rios, nos braços
Fortes e gigantes grandes portes.

Os barcos deslizavam Selma
Quaresma apreciava

Muitas vezes trafegava resta a
Lembrança e saudade
Daquele rio que muitas vezes
Lavando a sua pele
Morena queimava andando
Pela aquela areia, tão quente
Deixando rasto, corações
Em bagaço.

Estou falando de Selma
Conhecida por todos
Selando a amizade
Descrevo o seu esboço


Mirian

Flor e margarida, Mira ou Miriam
Festa alegria brincadeiras
Dorme e no outro dia
Uma nova aurora e outro dia

Chega a hora de embora
Aperta o coração, vou construir
Um lar, uma casa, uma canção

Arruma asa malas com dor no coração
Aquela casinha onde reinava as festas
Amigos e irmãos

Chegou a hora decida
Aperta as mãos e o quintal
Só resta recordação
Pés de goiaba seriguela
E mamão.

Vem passear mesmo chorando, sorrindo
Não pode ficar, sobrinhos, vovó, vovô


Feito para Mirandópolis 22/05/2003

Mãe

Mãe apesar de todos os dias e dia
Das mães, hoje de modo especial
Queremos homenageá-las
Por ser mãe, e a mais bela e sublime
Missão. Para mim é a rosa mais
Bonita do jardim.
Sendo você mãe que primeiro sentiu
O coração do teu filho bater, bem
Perto do seu.
Carregando nove meses ao teu lado,
com carinho e dedicação.
É aquela que escutou o primeiro choro
E passava horas e horas acordada
Sem nada reclamar não média esforços
Para acalenta-lo
É aquela que nas horas difíceis
Alegre ou triste, ataufada ou doente
Sempre tem o choro do filho na mente
Não descuida um só momento, e incansável
Muitas vezes para o bem do filho chama
Atenção ou da uma palmadinha
Mais corta lhe o coração

Tem o rosto marcado com traços de
Preocupação de um filho doente ou
Desobediente ou que vai a escola
Em ligares distantes

Chora nos cantos por os filhos que casam
Ou partem para não voltar
É você mãe com o coração em pedaço
Tem um sorriso nos lábios
Sendo jovem ou cabelos brancos , merece
O nosso respeito por ser a rainha
Do lar o brilho dos nossos olhares
Por isto a mãe esta sempre a viajar
Pedimos perdão pelas vezes, que
Não lhe beijei e abracei
A querida mãe mesmo na velhice jamais
Irei abandonar-la (mulher) milhões
De beijos quero lhe dar felicidade
E o que temos a desejar.


Pedra Azul em 1966 29/11/2001

Grandes montes imensa fonte
Dias claros, surgem no horizonte
Explora escora, nas (horas) lavras
A hora.
Pedra Azuis enormes luzes

Vem de todo parte estudantes
Das vizinhanças predominantes
Muitos aventureiros, acham diamantes
Terra exploradas de brilhantes

Sinto saudade das amizades
Das seriguelas amarelas
Torrefação em ação
Dos cantos das passadas

Tinha como melhor marca
Manteiga Alvorada

Bancos com grande movimentação
O ABB em seleção
Orgulhosos por ser de Pedra Azul
Mesmo que nascesse de olho pretos
Ou azul.

Conheci Pedra Azul no auge da evolução
Alcançando lugares em pecuária
Lavoura e ração
Destaque em exposição
Ritmo de capital
Com vereadores deputados em oposição

Quem a viu jamais verá
Aquilo que tinha,não terá
No passado imensas pedreiras
Hoje o vale Jequitinhonha
Poderá te-la como pioneiro.


Minas Gerais 09/12/2001

Minas Gerais imensas bafagens
Enorme torrão muita terra muito chão
Grandes horizontes verde predominante
Morena cabelos longos e pretos
Olhos negros e brilhantes

Minhas Gerais belas paisagens
Montanha cachoeira.
Flores perfumadas rios e cascatas
Gaivota bela plumagem

Grandes aventureiros corridas
Show e motoqueiros
Pessoas que pensam alto
Dando grandes saltos
Sonham com o futuro
Vencendo atravessando muros

Beco e ruas estreitas
Largas avenidas, ruas compridas
Comida típica da região
Calçadas altas enorme galpão.

Mineiros são competentes
Em todos setores são inteligentes
Seus trabalhos tem perfeição
Arte, cultura dedicação.

A noite praças animadas
Nas férias ruas movimentadas
Musicas, bebidas show, animação
Lindas, garotas desfilando no calçadão

Carne de sol, farinha requeijão
Queijo, rapadura, girassol
Cagaita tamarindo angu
Ingá moreci, jenipapo e Beiju
Araticum ingá rufão
Tudo típico da região.

Pura verdade não tem maldade
E o jeito do mineiro
Sincero calmo e tranqüilo e hospitaleiro
Festas juninas, foguetes forro e violão
Quadrilha fogueira e quentão.



A chuva

A chuva formou
O vento soprou
A chuva caiu
O vento levou

Foi tão forte á arvore arrancou
Pela raiz, suspendeu torrão
Muitas arvores foram ao chão.

O telhado da casa desmoronou
O teto da Câmara o vento levou
Oficina, mercado construções e Beija-flor
Foi um horror

A praça de matriz foi atingida
As arvores fortes, foram destruída
As folhas das arvores cobriram o chão
Em poucas horas sofreu emoção

O relâmpago surgiu em clarão
Foi um fenômeno de admiração

As águas corriam lavavam o chão
Abalava os muros, e o coração
Causando espanto medo e tempestade
Por toda cidade
O vento forte logo passou
A sua imagem jamais apagou



Danças das flores 15/12/2001

Que saudade das morenas
Louras e mulatas, sem
Esquecer das Beatas

Margaridas flores amigas
Brancas pureza flor da certeza

Belas orquídeas flores da minha vida.

Cravos com belas roupagens
Com suas pompas e repicagens
Roxo da violeta amor perfeito

Nas hortenses coloco as reverencias
Cultive copo de leite não tem perfume
E nem leite.

As adálias são preferidas
As rosas, rainhas exuberantes
Nas datas marcantes
Não são esquecidas

Nas danças das flores
Fazem partem da vida
Vanas cores cheiros e odores
Espinhos tristeza e dores.

Despojando nos braços
Da mulher amada
Bem junto aconchegada
Ao desenrolar dos anos
Não tem horas marcadas.


O Salvador 16/12/2001

Na Pobreza não foi revoltado
A maior estória do século passado

Foi mutilado e crucificado
Jorrou sangue pelos nossos
Pecados.

Enfrentou maldade e cobiça
Cobriu o mundo de justiça

Seus pais fugiram antes de nascer
Para proteger perseguido antes de nascer

Sofreu e venceu
Por ser Judeu
Provou a inocência
Da sua vivencia

Perficou de homem elegante
Cabelos lisos e ofuscante

Pele cor de mel marcante
Lábios grossos e brilhantes

Cravos e espinhos cravaram
Os soldados chicoteavam

Rosto estampado no Santo Sudário
Espalhou a noticia no diário

No meio de nos, porta voz
Segurança nos trás

Para ser feliz e ter paz
Só Jesus Cristo que nos faz

Túlio tira diploma do pré-escolar.


Eu sou eu 10/12/2001

Não nasci para viver escondida
Passo despercebida
Sonho que estou em alto mar
Tenho medo de naufragar.

Seguro o remo e levo o lemo
Não quero viver, só para trabalhar
Há momentos paro para pensar
Quero os meus sonhos concretizar.

Tenho que ser direcionado
Com a bússola do meu ser
Não posso ser guiado
Senão a minha ancora vai entristecer.

Bem alto mar a brisa vai me beijar.
Vento morte vinda do norte
Raios de sol nas águas vão brilhar
Quanta beleza e grandeza
Sinto cheiro do mar

Areia quente fico contente
Colhendo as conchas que (vou) vendo mar
Ao caminhar em brisa-mar
As ondas os meus pés vem tocar
Olho para trás os rastos
Vão acompanhar
Nos anseios da vida
Sou muito observadora
Tenho jogo de cintura
Para qualquer estrutura

(Ler) Ser professora, pintora
Ou escultura.
Posso pular para cima e rodar
Piso no chão firme começo
A caminhar.

Não cruzo os braços e nem
Paro no espaço.
Se vem a situação
Tenho solução
Sou rápida no falar
E no raciocinar
Tenho grande intuição
Não ando em contra-mão
Se preciosas pode procurar
Estou a disposição


Confraternização 29/12/2001

Tenho três pedras de brilhantes
Com três pedrinhas de diamantes
Na confraternização quero deixar
Saudade abraços e admiração
E para 2002
Deus nos de saúde paz e animação

Yamaha motos velozes
Maxitel onde longe ouvimos as vozes
Se a moto der defeito
Já sei onde vou, desça a avenida
Até a Moto Show


JK 31/12/2001 1.45 da Madrugada

Uma das personagens brasileiras
Que devemos destacar
Foi o grande JK
Mostrou toda garra
A primeira capital altaneira

Na maioria nordestina
Transitava por cidades mineiras
Rumo ao Centro Oeste era
O destino derradeiro.

Na esperança de ganhar dinheiro
Deixando as famílias
Partiam para o sertão
Desbravam matas, atravessava
Fronteiras

Passavam fome e frio
Enfrentava a poeira
Chegavam bem sujos
Com as sandálias rasteiras.

Em grandes gaiolas
Para uns a primeira viagem
Para outros as derradeiras.

Outros nem conseguiam
Voltar a terra natal
Pois a viagem era fatal.

Brasília é moderna
Em forma de avião
Reúnem as assembléias
Onde decidem e concentra
Toda decisão

Encontra o planalto da alvorada
Será que ainda lembram
Que foram construídos por araras
Em concentração de inúmeras
Bandeiras.

Dia 21 de abril de 1960
Foi a inauguração
Capital de primeiro mundo
Com completa modernização
Em taiobeiras as araras
Tinha como parada
Compravam bananas carne de sol
E requeijão
Continuavam a jornada.

Juscelio Rubtick e o seu motorista
Ao passar por Volta Redonda
Em uma das viagens
Ali aconteceu sua ultima estalagem.


A vida 05/05/2002

A vida é bela
Para todos tem saída
Quando não resolve
De uma forma, há
Outra compulsiva

O que mata a nossa vida, são os que
Não andam de bem com a vida

Alem de línguas de fogo
São serpentes enraivadas

Palavras com a urtiga
Queima árvores remove feridas
Maltar com palavras, e a doçura
Da vida.

Corações de geleiros
Chegam sai fumaça
Borrita em vidraça
Apacto se esfumaça

Não sente que entre os dentes
Cospe venenos
Deixando lepra, marcas
Profundidade nas almas
Corpo delicado, meigo moreno
Canduro e descente

Lábios rosados palavras
Calma e serenas
Tranqüila cheiroso morena
Comunicativa inteligente
Cativa toda a gente

Debaixo dos pés sem força
Desfolega a respiração
Impulso do alto e forte
Coragem cabeça erguida
E pés no chão

Firme forte brilha no norte
Apenas porque ama a vida
Nunca seja derrota.

Nem tão pouco vencida
Herdam dos descendentes passados
Pureza, base estrutura .
O mundo nunca vai mudar
Mudamos a nossa vida
E assim vivemos felizes
E ficamos de bem com a vida


Nossa Senhora de Fátima 20/10/2002

No dia 09 maio de 2002
N. S em minha casa.
Chegou dois dias depois
A restaurou
Esta Santa para mim
Foi uma experiência verdadeira
Transformou em pedaços
Quebrou de todas maneiras

Sua filha chorou 3 dias
Tentando recuperação
O artesão João diz
Gesso jamais tem restauração

Com algodão tinta e pano
Em pedaços cobriu
Engessei com carinho
Fiz conforme imaginação
Não sou a filha verdadeira sou de doação

Trato a com respeito
E admiração foi um
Grande presente foi uma realização
O terreno não é para quem ara
O prato não é para quem prepara
Pois nunca imaginava
Que fome parar em minhas mãos.

Com ternura e dedicação
No canto da minha casa
Preenche o meu coração

Sempre converso com N Senhora
Peço não esqueça da minha
Amiga Sandra, por ter me
Doado e também a consagrado
Sempre a incluir nas orações

Sou sua sucessora
Pois assim me confiou
Sua filha sente feliz
No Cartório Celestre a guarda autorizar
Deus do alto sabe porque
Isto aconteceu
Seus pedaços não foram para o asilo
E nem para o lixão
Seus pedaços continuam guardados
Com fé prova e devoção.


Infância é um marco da vida

Na esquina a casa dela
Toda orgulhosa e faceira
Morena clara e gorda de grande escadeira

Subia rua charmosa
Trança longas e cheirosas
Tinha cepó, girau, dormia
Em cama de cipó.

Meretriz bondosa vestidos corpo
Baixo cor de rosa
Foi morar na rua de Caixa d´agua
Bebia cachaça como se fosse água

Regava alimentos nas pontas dos dedos
Suas caretas exigiam respeito
Salto alto requebrava
Falava palavrões a policia espancava

Bêbada gritava nas ruas
Tomava chuva no relento
No outro dia (bem cedo) dizia
Bem forte. Izabel azeda eu te arrebento

Suspendia as roupas abraçava
Os postes e gemia
Nos sábados as cenas
Repetiam parecia até mania

Sua voz forte dizia
Baiana errada e os brincos de ouro?
Quando era criança ela perdia
Levava para casa e mais tarde
Me devolvia

Namorava com Deizo trancava no quarto
Por três dias. Soltava (grande) quando
Bem queria

Se alguém ficasse com ela
E não desse o que valia
Pegava cordão de ouro, chapéu
Canivete e escondia

De graça não sai
Morreu orgulhoso e vaidosa
Foi sepultada perto da minha
Família no cemitério Central
Com toda regalia
O grosso bebeu demais e em
Uma cama de vara dormia
Gritou a noite toda, pelo socorro
Os vizinhos acostumados
Foi vê-lo no outro dia.

Naquela noite morreu queimado
A Julia de grosso ficou
Sua única filha Lucia
Foi para São Paulo e nunca mais voltou

Júlia sempre dizia gosto de nosso
Nono de Joberto meu amor
Mais a Vera Lúcia e com Zim
Martins que pareciam

Lê Leisa o (cupou) cedo o que você
me deu. É um presente de grande
valores. Só deixo sentar nele aqueles
meus dois amores

Sebastiana grossa era uma graça
Trocava os cozidos a troco de cachaça

Carolina perna fina vivia nas vendas
Bebendo pinga.
Um dia um pedreiro pintou suas
Pernas de tabatinga
(Torrou) tornou ferida e descasou
A brincadeira, dor causou

Figura inesquecível era Luca, Nariz
Chato pernas curtas, cunhado de Manoel
Pífano muita simplicidade exibia
Os documentos para as moçadas.

Caciano das pernas tortas
Pulava muro fazia cambalhotas
Ana Mijona e Leca
Não esquecemos das suas caretas

São pessoas da nossa infância
Pessoas humildes e tratavam
Com muito respeito
Deixo saudades não eram ricos
Pela sua grande humildade
Recordamos com saudade


Maria xó e sa Amaria Maria
Rezava com muita fama
Morava bem no mato
Hoje e o final da Rua Rio Pardo

Maria Sapatão sismava de ser Rainha
Criava rato seu nariz tão chato
Igual o bico de sapato.

Joaquina lega casou com Inácio cachorro
Doido o matou preparando a viagem
Para a lagoa, o Inácio enlouqueceu


Verídico 19/05/2003

Um fato verídico em nossa cidade ocorreu
Um jovem apaixonado por uma pobre
Menina, ao longo dos anos adoeceu

Sua vida mudou em grande confusão
Proibido se sair na rua
Devido aquela paixão

Menino jovem cabelos lisos e perfumados
Dos e muito bem arrumado.

Em uma noite de leilão
Na porta da matriz
Alguém apareceu sem percebe
Desisti ou vás morrer

Ela nada tinha a perder
Não conhecia o pai e
Ainda mora em um beco
Escutou tudo com muito respeito

Sua prima enfurecida
Começou a defende-la
Sem encontrar saída

Cabeça baixa voltou para
Casa sem entender o porque da vida

Nasceu em berço de ouro
Muitos dotes fazendeiros
Comerciante, tendo dois
Irmãos morava na praça
Lá na avenida

Mudaram para outra cidade
Enquanto passava a juventude
Voltando novamente revivendo
Perdendo toda virtude

Perambulava nas ruas, nada encontrava
O vazio preenchia com cerveja e cachaça
Apesar de não apaixonar
Tinha grande compaixão
Escondia na casa das amigas
Para ele não aumentar a solidão

Passava noite em clara
Fazendo serenata cantava
Boêmio borboletas errantes
Nada adiantava

Perdia sono a luz cedo apagava
Sai pelas ruas longas madrugadas
Olhando no buraco da fechadura
Ali perto estava

Ao lado do seu primo
Com o toca disco e o fósforo
Deitava na calçada
Na mão o cigarro e o litro
De cachaça.

O dinheiro não compra felicidade
Nem apaga desilusão
Marcas profundas surgiram
Doenças, cicatrizes decepção

Passaram anos o seu pai faleceu
Com toda humildade
Um buquê de copo de leite
Ofereceu.

Hoje descansado das humilhações
A virgem Maria o acolheu
Lá no céu entre amigos anjos
Faz serenatas de louvor
Voando como borboletas
Errantes fazendo festas de amor

O seu primo tão novo casou
Indo morar em Belém
Alguém o assassinou
Mais antes de ir embora
O seu cunhado ele matou

A jovem sem remorso
Nada contribuiu
Era bonita magra
Cabelos longos pretos
Varias escadas subiu

Ser pobre não é defeito
Não pode misturar água com azeite
O preto mistura com branco
Formando café com leite
Berço de ouro prata, bronze ou madeira
Não importa parece brincadeira
O amor é uma flor roxa
Isto é verdade verdadeira
A rosa é uma rainha
Tem de suportar espinhos
Para ter uma roseira.

Nunca preocupas com o futuro
Nem o destino da vida
O que tem de vir vira
O que tem de ser será

Nascemos sem nada para terra
Vamos voltar
A maior riqueza sofre amor perdoar

Na entrada do cemitério
Pelo lado esquerdo
Um lindo tumulo surgiu
O corpo a terra dilui


Continuação da poesia da
Infância e o marco da vida II

Benicio coitado era bem vestido
Quando avistava com medo corria
Em nossa cozinha
Sozinho fazia grande melodia

Joaninha com sua simplicidade
Colocava a faixa de rainha
No fundo da igreja
Plantava andu e colhia

Teófilo foi grande musico
Andava com imagem de Jesus
Foi grande marceneiro
Carregava uma cruz.

D. Telvinha mãe de Zuino
Tinha um papo tamanho da bola
Quando era criança, não entendia
A estória

Sr. Manoel Nogueira pente de chifre
Fazia,na casa velha do cruzeiro
Tocava o violino e todos com atenção ouviam
São coisas da infância
Que são recordada agora
Hoje estamos aqui presentes
Daqui uns anos somos nos
As pessoas das estórias os netos
Bisnetos vão reviver as memórias.

Joaquim de Bae fazia, versos engraçados
Levando para Barbacena, achando
Que era louco varado

Dando-lhe um cocho furado
Ele pediu um pano, para tapar
O buraco, dizendo
Além de serem loucos, faz dos
Outros engraçados

Ofereceu uma peneira para água carregar
Virou para as pessoas pediu vocês carreguem
Quando aprender com vocês
Vou Água na peneira carregar

Dona da cara Preta com Rosalve
Casou, no dia do casamento
A mais nova o pai mostrou
Cumpriu palavra, casando com
A mais velha, em pouco tempo largou

José Buquê Cadê? Faz parte da memória
O amigo Latão era ferreiro. O fole e a
Bigorna era sua diversão.

Ao ser preso foi levado para fora
O pai ao vê-lo sair algemado
Morreu de tristeza, 3 dias antes
De sua chegada a mãe morre
De emoção

O velho do Caju na hora do recreio, corria
Atrás da criançada com longo esperto
Gritava na calçada colocava os meninos
Na sala outros pulavam a janela ficava
Com bando de arara.

A Escola D. Beti era tão longe na
Estrada no meio do mato era
Invadido pela ciganada

Panelas no meio da sala
Barracas nas janelas armadas

Ao casar ou alguém morrer
Era no galpão que colocava

Levando a merenda em um carrinho
Água de cisterna tirava, andava em um
Carreirinho tinha de enfrentar os amigos
Ciganos para começar a jornada.

Os ciganos a briga começava com faca e
Facões parecia filme de guerra um dos
Meninos montava em uma bicicleta,
A policia ia procurar, só assim parava
De guerrear.

Minda um dinheiro ai, em luas claras
Passeavam, mesmo dormindo levantava
Acendia o candeeiro mesmo vela
Subia em cima do muro e chingava

Clemente Caipira, a noite andava
Ao sair correndo da igreja, que
A luz as vezes apagava
No escuro dei-lhe uma grande embigada

O velho cai quase em cima da calçada
No outro dia cedo fiquei na janela
Para ver se o velho passava

E Bilu com vários brincos de carne no rosto
O compadre Mário Português mandou operar baixinha
Gordinha olhos pequenos e apertados
Só atende por Fátima seu nome registrado

Meus filhos e esposo não me conhecem
E nunca vão me conhecer
As amigas me conhecessem e hão de conhecer
Dentro de mim a uma longa
Experiência, que de pouco a pouco
Vou devolver.

Se o tempo parasse, e as horas não parassem
Tantas coisas iriam acontecer
E tempo passa como o vento
Ao dormir não chegamos ao amanhecer

Zuina Branca sempre morava vizinha do
Senhor José de Aprino Maria e Liola e
Tião com Olivona.

Luzia de Zidorinho sempre sai na porta
Dizia lá vem ele com seu Toquinho

Dona Amália e Maria de Antero, grande artesã
Lindas (coisas faziam) hidrinhos santos
Pássaros escupia.
Sr. Olegário e seus músicos, porque não
Formam outra banda e continuam
Como Taiobeiras de outrora

Lu Petrone fazia tadro e alambique
Grande tocador de reis era Juca
Grosso, seus metros são fabricantes
De viola.
São heranças dos estrangeiros pode
Correr fama e dinheiro

Baula Paula de José Viana, pessoa
Muito engraçada, foi casa viúva larga.
Subia em cima das casa atrás de namorado
Ao passar dos anos o seu relógio, nem com
As pilhas funcionavam.
Calisto de Pezão, quase dois palmos media.
O pé não havia sapato que cabia
Mª de Silvestrino Sinhana Londola e Tebrona
Cozinheira de Frei Juncudiano, moravam
Na rua São Vicente de Paula, entre rua Grão Mogol
E Santa Rita de Cássia nesse lugar eles residiam.

Aninha a certa época endoidava subindo
A rodagem, ficando no mato, lá no Alegre
Oito dias, os urubus avisavam, encontrando
Perfeita á sua roupagem

Cassiano matou uma velha em Cisterna
Enterrou no lugar plantou bananeira
Com seis meses cacho de banana soltou
De loco sua filha ele tratava e
Sua esposa de Friciana e chamava

Salvinas de Lestão conversar
Seu olho fechava, lia e relia
Sabia ate as virgulas
Gravava, por ser grande a carta
O leitor umas frases pulou
Ao terminar a sal de a acanta
Ela dizia olha você esqueceu
De tal palavra

Ana Aroeira a mãe de João espetinho
O seu quintal era grande produzia
Araticum, e uma grande aroeira
Sombreava

Seu Norato e Senhora Ana, perto
Do chafariz residia, enterrava no
Quintal as crianças que faleciam
E nas covas leinas de batatas
Doces plantava e vendia.

Joaninha das perninhas tortas
Algodão andu e café plantava
E com sua simplicidade ao
Assistir a missa uma faixa
De rainha colocava.

Negro de Carolina um carro passou
Lhe por cima. Mesmo com o
Braço torto mora na conferencia
E Carolina, morreu bebendo pinga.

Manoel Pijano apelido de gato, subia
Nos palanques achando que era prefeito
Flora tinha o pescoço queimado iam na
Missa todos os dias.

Flora faleceu, e Manoel ficou cego, antes ele
Ia casar com uma namorada de quinze dias,
Logo que conheceu a moça e a criança
Morreram no parto Manoel ficou transtornado
E dizia que o filho era seu.


João da Cruz Santos 23/04/2003

Ao ser convidada a pintar e uma escola
Poderia usar a minha imaginação

Pensei em rabiscar aquilo, que é feito
Com amor e dedicação.

Isto vai servir de marco, para futura
Geração. Tem de ser planejada
Sair da alma, bem no fundo do coração

Se eu pintasse uma Cruz referia a Jesus
Se eu pintasse um Santo, e complemento da Cruz
Se eu pintasse um João era apostolo de Jesus

Ou João do Catulé que todos os anos mandava
Celebrar em sua fazenda, uma missa
Com muita fé. Todos iam de carro ou a pé.

Ou seja o João de Barro o Construtor da
Floresta. Com seu barro de cerâmica
Fabricou milhões de peças. São infinitas
Casa, não poderemos conta-las.

São inúmeras como a areia do mar.
São construídas em lugares tão
Distantes não temos capacidade de
Conta-las.
Assim surgiu o João da Cruz Santos
Para inúmeras crianças estuda-las

Foi grande a (satisfação) sacrifício
Para poder chegar o ponto desejado
Hoje foi crescendo conta com
Ramo de faculdade.

Dos pequenos esforços
Surgem grandes vitórias.
E este nome João da Cruz Santos
E incluído na estória.

Não por dinheiro foi por simplicidade
Não foi Doutor, por ser um dos primeiros
Moradores da nossa cidade.

Herói não são coisas do passado
São os que estão vivendo agora
Só se esquece, um herói
Aquele que são fracos de memória.
Esta simples Pintora, resolveu pintar
Copo de leite e tulipa, são as minhas
Flores preferidas.
Ao contempla-las vão reviver varias vidas.


New ook 20/03/2004

Maria das Graças

Ao pegar no lápis
Queria rabiscar desta maneira
Seria uma graça, uma graça verdadeira

Olhar marcante brilhante
Personalidade forte
Lutadora e guerreira
Tentando vencer os obstáculos
Do outro lado das fronteiras.

Não abaixa, a cabeça em horas
Humilhantes passos com hábitos
Extravagantes com o marcha
De um militar

Cangussu Ferraz deixou a terra natal
Este Brasil Brasileiro
O verde das matas
O aconchego dos mineiros

Oh! Terra! Oh céu! Oh Mar
Pedaço de chão inesquecível
Cheia de mulheres bonitas
Trabalhadeiras.
Onde a Paz e o sorriso
E o lema nossa Bandeira

Parecem todos ir, mãos mulatos
Brancos, louros vivendo a mesma
União, calorosos, hospitaleiros
E a nossa terra brasileira.

Céu azul, sol com raios resplandecentes
Fauna flora, natureza inesgotável
Por suas belas praias e cachoeira

Dentro deste gigante mundo
Uma bolinha em, pequenininha
E a nossa Taiobeiras.
Pedaço do céu no imenso torrão
Demos graças por ser lembrada
Por este tesouro que é o seu
Enorme coração.

Poderia no seu aniversário
Oferecer-lhe flor rosa e botão
Mas com o tempo murcharão
Assim resolvi descrever

Traçando os traços do retrato
Esta graça a princesa do Norte
De Minas aqui mesmo
Neste Sertão.


Recordo Taiobeiras

Ao lado da ribanceira estava,
Uma longa ladeira,
Onde pingava água cristalina
Vinda de uma mina

Logo adiante no topo da ladeira
Pelo outro lado da rua, perto da ribanceira.
Animais vindo para a feira
Amarrados em morões de carros
De boi carregando lenha.

Cavalos furados, potes latas na cabeça
O chafariz com suas torneiras

Rua Salinas antes rua do gagador
Perto da feira, muitos ferreiros
Iam fazer as necessidades,
Adultos de animais encontravam
Com facilidade perto do mijador

Luz vinda da usina clareavam
Ao redor dos potes, apelidavam
Luz do PSD dez horas apagavam
Nelson filho do Sr. Júlio, com sua
lanterna, passava a noite
na usina para ligar o motor
em noite de tempestade.

Enchente no tocão, rolavam as
Barreiras, folhas secas e paus
Com a enchente devastava.

As espumas, era o Março
Garralhos nas copas das arvores
Retratava. Nelson para salva sua
Vida segurava nos caibos da velha
Casa e dependurava.

Bem na entrada da cidade Rio Pardo
Ao lado esquerdo, uma caixa d´agua
A metade subterrânea, telhas serviam
De canos.

Mais adiante onde hoje é a Copasa
As águas corriam e em um
Cano de ferro aparava.
Ao redor havia casas onde as
Meretrizes moravam.
Perto da areia uma casinha, um dia o
carro bateu, Lindo morava e faleceu.
Júlia de Grosso nesta área ficava
Lá ao meio dia Elvirinha alguém
Esfaqueava. O assassino com grande
Facão, no chafariz lavando.
Quase em frente da casa que
Tio Alcides Morava

Mas em baixo nesta época Antonio
De Mamédio, Nísia esfaqueava
Fugindo para Bahia escondeu e a
Policia o crime esclareceu.

Izabel Azeda com o filho Enádio
No meio do mato residia
Pedido para escrever uma carta
Para sua filha Lauri
Ao buscar o endereço o cascavel
No batente da porta feriu

Isto foi em 1971 aconteceu para
Servir de remédio bastante querosene
Bebeu. No outro dia na hora do
Sepulto a companheira da cobra apareceu.

Serenatas a Madrugada da Novelas de Quadrinhos
Ou no rádio cenas na imaginação
O cantor dos pássaros poemas
Ruídos de cachoeira e canção.

Em 1946 a igreja da Matriz era
Traçada com pluma e esquadra
Sr. Huberto Volpone, Valmiral e Marinho

Escadas feito de caibos amarrada
De cordas sustentava.
Frei Jucundiano engenheiro da obra
De lado observava.
Humberto mestre de obra ao está no
Meio da construção, foi época da
Escuridão, todos desciam dos
Andaimes, pois por algumas horas
O mundo parou, as galinhas subiam
Para o poleiro ate o galo cantou.

Ao ver falar de revoltados que naquele
Ano na região andou. Uns eles batiam
Outros eles agradavam, por muito medo
Abandonaram ao casar.

Falavam também do bicho de Pedra Azul.
Que em dias de quaresma ao meia noite
As ruas percorriam
Ao ouvir o vento rolando os papeis
Mãe e minha avô tremia igual
Vara verde, pensando que o bicho por ai
Passava. Minha avô falava que na rua
Grão Mogol morava o velho cego e uma
Menina a Carlota.
Uns negros faziam adobos no fundo
Do quintal.

Degolaram Carlota o pescoço no
Couro sustentava, no copo os
Dedos da criança marcava, o cego ao
Acordar em seu corpo tropeçava.

O assassino no outro dia, foi trabalhar
Ao medir o rasto que em o sangue
Ficou, condenado-o pois a medida
Do pé do negrão que no fundo do
Quintal trabalhava.

E ao falar das lavadeiras

E ao falar das lavadeiras, desciam bem
Cedo ao tocão, o orvalho, os primeiros
Raios brilhavam, o sereno nas folhas
E grama verde e o capim cheirava.

Duva e Jova no pé de pequi o gado matava
Senhor Pedro em uma pequena casa na
Entrada do tocão.
Uma cancela toda vez que passava batia
Sua filha sentada na porta homem ou
Mulher a natureza respondia.


O vento levou 19/05/2005

Norte do vento forte
Brisa que suavizarão
Poesia que formam
Imensos canudos
Levando papeis
Cobrindo tetos como se
Fosse veludo.

Poeira seca, poluindo o ar
Fazendo gripar

Tosse espirra, arvores com folhas
Secas suja e tristonha.

Passa a estação, surgem os primeiros
Brotos, logo vem as flores
Jardim matos, flores admiráveis
Exalam perfumes agradáveis.

Sem demora vem os frutos saborosos
Carnudos de cor vermelha
Onde ser deliciosa polpa corada
Seja laranja, limão, maça
Aproveita a estação o suco
De acerola.


Pedras 19/09/2005


Duas pedras cruzaram, de longe
Encontram o martelo bater.

O sol quente, suor ardente
A pedra (roda) rola
Para cima e para baixo
Na planice e no espaço.

O mês, o ano e Natal, virada
De ano e o final.
Os dias passam depressa
E as pedras, viram pedaços
Pó e (pa) bagaço.


Cultura

Para ter cultura, começa com jogo de cintura
E no fundo na raiz para saber da sua fundura

Pessoas nascidas no lugar, diploma
Não expressa saber, precisa ser
Realista pensando no que esta
Fazendo e sonham com aquilo
Que ainda vai fazer.

E fácil encontrar cultura, vamos
Voltar atrás, nascemos e revivemos
Com os maris velhos; resgatando
Toda riqueza que nos traz

Passeiam pelo pirina tocão, no coco
Minador, lagoas barragem
Córrego de laje

Usina velha (grama) Sá Joberta
E o Jaboticabal
A baixa de Batiana e o grama

A nova fabrica de pipoca da para
Ver lá em baixo a paisagem
Do Curtume do Sr. Agenor do
Tamino e suas margens
Ao escorregar não pense bobagem.


Velhice

Vou falar de velhice, não precisa preocupar
Porque tudo é tolice
Velhos são aqueles que nasceram
Sem vida e estão por dentro
Enferrujados, a vida é o presente
Esqueça do passado.

Preocupar com rugas, há podem esticar
Se não temos dentes vamos implantar

Se ficou sem companheiro, sem preconceito
Vai procurar, para idade não existe
Amor, é só amar amar.

Há muitos anos atrás, o velho andava
De algodão no ouvido, de meia
Bengala na mão.
Hoje não fala em velhice,
Depois de catuaba, ovo de codorna
E viagra.

Os jovens hoje em dia são idosos
Vive de ilusão, vícios sem infância
Sem estórias, na criatividade e
Sem memória

Não sabem apreciar o luar as serenatas
Cantigas de roda, pular maré nas
Calçadas. Tem tudo e não tem nada,
Brinquedos do Paraguai, o resto falsificada.


Maremota 31/01/2005

Doce manha depois de tanto
Calor, onde maremotos destruído
Boa parte do exterior
Outra parte nos EUA
Sempre a nevar, encobre carros
Árvores tratores retombam
Para a neve espalhar.

Em nosso Brasil verde amarelo
Predomina o ouro e a campinas
Verdes matas lindas cascatas
Onde poderemos contemplar

Suas ondas brincam suave e
Mansa, não tem fúria igual
A maré mota, que levaram os
Barcos para as praças
E os carros e casa para o mar.

Turbulência grito no meio do deserto
Crianças adultos velhos, na imensa
Correnteza, ondas de doze metros
Alcançavam prédios, enquanto outros
Gritavam, dois salvaram por estar
surfando no fundo do mar.

Coisa igual inexplicável podemos
Comparar, como o dilúvio quando
Pode tudo devastar.

A Barca de Noe quarenta dias com sua
Descendência casais animais ficaram com
Sementes para que o mundo pudesse multiplicar

O Sunabe que aconteceu causou seqüelas
Para os que ficaram, parente e amigos
Restavam imagens.

Para os que sobrevieram sem parentes,
E sem bens materiais
Quantas crianças órfãos, e viúvas. Os
Cadáveres eram tantos, não davam conta
De sepultar a cremação ocupou lugar.

Televisão pedia ajuda, por água medicamentos
Roupas ou alimentos
Ali naquele lugar o mal cheiro, doença os
Brasileiros puderam ajuda assim um pouco doar.


Catástrofe

Aconteceu que os aviões dos terroristas
No dia 11 de setembro de 2004. As torres
Gêmeas danificaram. Uma catástrofe
Cruel horror.

Enquanto as torres se afundavam,
Poeira, fumaça, pessoas gritavam,
A televisão mostrava, no local
Muitos dias escavavam

Corpos e mais corpos arrancavam, arcadas
Dentarias, que podiam identificar

Os brasileiros que trabalhavam, seus familiares
Desesperados, os olhos da televisão não
Tiravam. Na expectativa nem todos tiveram
Final feliz que esperavam.

Com toda regalia do primeiro mundo
Onde aventureiros a procura de bens
Materiais. Os Brasileiros correm
Atrás dos ideais.

A nossa Taiobeiras é serena, onde a
Neblina e fina, o calor é suportável
Crianças brincam pelas ruas
Os amigos cumprimentam seguimos
Os costumes familiares.


O Pequi 03/03/2005

Noite calorosa bem dormida, onde recebe
O clarão do Luar. Na face orgulhosa
Do amanhecer recebe os primeiros raios,
Aquecendo folhagens do orvalho.

Troncos retorcidos áspero, onde sustenta os
Galhos, onde sustenta braços em
Forma de abraços. Copas repoiadas,
Sonhando com a primavera.

Surgem as primeiras flores, o beijo das abelhas
E beija-flores. Branca como a neve
Sorridentes conchas do mar, com o passar
Dos dias caem, enfeitando caem, enfeitando as sombras
Formigas podem saborear.

Desponta os frutos no outono representando
O símbolo da Pátria, casca verde carnosa
E branca, fruto maduro, ouro do cerrado

Noites mal dormidas medo de ser derrubado
Sem poder completar as etapas da natureza

Que por lei Divina caindo em época certa
Desabrochando como diamantes, o
Valor de brilhantes.


Cajueiro 04/02/2006


Caju, cajueiro
Ainda criança mal sabia
Andar conheci o meu
Cajueiro no fundo do
Quintal.

Na sua sombra brincava
Brincava o dia inteiro
Alem da sombra
Conversava com ele

Sempre dizia
Com folhas a balançar
Hoje estou aqui, amanha
Não estará.
Ate as pedras mudam
De lugar

Guardei a sua semente
Coloquei para germinar
O filho do Cajueiro
Transportei para outro
Lugar.

Tenho saudade do primeiro
Arrancada pela raiz
Nunca mais trotará

O Caju era tão doce
E bem vermelho ao
Lembrar, lembro
Do seu cheiro

O Cajueiro era frondoso
Três galhos fortes a espalhar
Minha vó tinha orgulho
De uma só vez
Cem cajus tirar.

Para maiores informações fale com:
Nome: Edileiza Alves Ferreira
Endereço: Rua Dos Pereiras, 395 - Centro - Taiobeiras - MG
Cep: 39550-000
Telefone para contato:038-3845-1093 ou 038-3845-1394
Email:edileizalves@hotmail.com